Principais Diferenças Entre Recurso Ordinário (RO) no STJ e STF

Principais Diferenças Entre Recurso Ordinário (RO) no STJ e STF

20/10/2023

11 min de leitura

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O Recurso Ordinário no STJ e STF é uma ferramenta processual que permite contestar decisões de tribunais inferiores em matérias específicas, como habeas corpus e mandados de segurança, buscando a revisão dessas decisões nos tribunais superiores.

O recurso ordinário no STJ e STF representa uma modalidade essencial de contestação de decisões judiciais proferidas em instâncias inferiores. Ao buscar revisar e garantir a aplicação correta da legislação, esses recursos desempenham um papel crucial no sistema judiciário. O recurso ordinário no STJ e STF representa uma modalidade essencial de contestação de decisões judiciais proferidas em instâncias inferiores. Ao buscar revisar e garantir a aplicação correta da legislação, esses recursos desempenham um papel crucial no sistema judiciário.

No entanto, é fundamental compreender as nuances e particularidades que distinguem o Recurso Ordinário (RO) no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Supremo Tribunal Federal (STF). Este texto explora essas diferenças, fornecendo uma visão abrangente para melhor compreensão e utilização desses recursos.

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Qual é a finalidade do Recurso Ordinário no STJ e STF?

O Recurso Ordinário no STJ e STF é uma ferramenta legal fundamental que visa possibilitar a revisão e o reexame de decisões proferidas pelos tribunais de instâncias inferiores, com o objetivo de garantir a correta aplicação da legislação e a observância do direito.

Essa modalidade de recurso é uma peça chave no sistema judiciário brasileiro, oferecendo a oportunidade de reavaliar questões jurídicas de relevância que possam ter impacto significativo na jurisprudência e no entendimento da lei. O Recurso Ordinário no STJ e STF é, portanto, uma via de correção de equívocos e de garantia de que as decisões estejam em consonância com a lei.

Ademais, o Recurso Ordinário no STJ e STF desempenha um papel crucial na busca por justiça e na uniformização da interpretação das normas. Ao permitir uma análise mais aprofundada e criteriosa das questões legais em discussão, contribui para a promoção da segurança jurídica e a eficácia do ordenamento jurídico como um todo.

Através desse recurso, busca-se aprimorar a aplicação da justiça, corrigindo possíveis desvios ou interpretações equivocadas que possam ter ocorrido nas instâncias anteriores. Assim, o Recurso Ordinário no STJ e STF não apenas assegura a observância correta da legislação, mas também contribui para a evolução e o aperfeiçoamento da jurisprudência brasileira, promovendo um sistema judiciário mais justo e equitativo.

Quais são as principais diferenças procedimentais entre o Recurso Ordinário no STJ e STF?

O Recurso Ordinário no STJ e STF apresenta particularidades procedimentais importantes que distinguem suas tramitações. No Superior Tribunal de Justiça (STJ), o Recurso Ordinário no STJ e STF é cabível quando a decisão contrariar tratado ou lei federal, sendo a instância máxima para questões infraconstitucionais.

O procedimento no STJ é regido pelas normas do regimento interno, exigindo, em geral, petição fundamentada e acompanhada de documentos essenciais para comprovar a divergência. Já no Supremo Tribunal Federal (STF), o Recurso Ordinário é utilizado para julgar causas decididas em única ou última instância, quando a decisão contraria a Constituição Federal ou negar sua aplicação.

O procedimento, no caso do STF, é regulamentado pelo Código de Processo Civil, destacando-se pela necessidade de interposição no prazo de 15 dias e requerendo, além da petição, o traslado das peças essenciais do processo. Essas diferenças procedimentais entre o Recurso Ordinário no STJ e STF refletem a complexidade e as especificidades inerentes a cada instância, sendo crucial compreendê-las para uma atuação jurídica eficaz e conforme os ditames legais.

O Recurso Ordinário no STJ e STF é uma ferramenta vital para garantir a justiça e a correta aplicação das leis no Brasil. O entendimento claro das particularidades e diferenças entre sua aplicação no STJ e no STF é fundamental para advogados, juízes e demais profissionais do direito que buscam alicerçar sua atuação em bases sólidas e de acordo com a legislação brasileira.

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Como é constituída a composição de julgamento no Recurso Ordinário no STJ e STF?

Além da composição de julgamento, é importante considerar também as competências específicas de cada tribunal e suas respectivas turmas. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) é o órgão responsável por uniformizar a interpretação das leis federais em todo o Brasil.

Sua função é garantir a correta aplicação do direito federal, principalmente nos casos em que há divergências de entendimento entre os tribunais estaduais e regionais federais. Já o Supremo Tribunal Federal (STF) é o guardião da Constituição Federal, sendo a mais alta instância do poder judiciário brasileiro.

Suas atribuições incluem julgar ações diretas de inconstitucionalidade, ações declaratórias de constitucionalidade, mandados de segurança e habeas corpus. O STF é fundamental para a manutenção da ordem constitucional e a proteção dos direitos fundamentais dos cidadãos.

No contexto do Recurso Ordinário (RO), essa distinção de competências reflete diretamente no tipo de matéria que cada tribunal irá analisar. O STJ vai focar em questões de direito federal infraconstitucional, enquanto o STF abordará temas constitucionais e de relevância nacional.

Essa diferenciação é crucial para garantir uma jurisprudência coesa e coerente em todo o país. Ao observar de perto as competências e especializações de cada tribunal, é possível compreender como o sistema judiciário brasileiro busca oferecer soluções justas e alinhadas com as particularidades de cada caso e da legislação vigente.

Quais são os critérios de admissibilidade para o recurso ordinário no STJ e STF, e como eles se comparam?

Os critérios de admissibilidade para o recurso ordinário no STJ e STF são fundamentais para determinar se o recurso pode ser analisado e julgado por esses tribunais superiores. Vamos abordar os principais critérios e compará-los:

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Competência do Tribunal

A competência do tribunal é um critério essencial que determina onde o recurso ordinário pode ser interposto e contra quais decisões. Vamos interligar essas informações lado a lado:

STJ: O recurso ordinário é interposto contra decisões dos Tribunais de Justiça dos Estados e Tribunais Regionais Federais, em causas decididas em única ou última instância;

●     STF: O recurso ordinário é interposto contra decisões das Turmas Recursais dos Juizados Especiais.

Essa diferenciação na competência do tribunal indica a instância e o tipo de decisões que podem ser objeto do recurso ordinário. Enquanto no STJ, são analisadas decisões dos tribunais estaduais e regionais federais, no STF, o foco está nas decisões das Turmas Recursais dos Juizados Especiais.

Matéria

Essa é uma distinção fundamental em termos da matéria ou fundamento sobre o qual o recurso ordinário se baseia. Vamos interligar essas informações lado a lado:

STJ: O recurso ordinário visa corrigir violações a leis federais ou tratados internacionais;

●     STF: Busca corrigir violações à Constituição Federal ou negativa de aplicação da Constituição.

Essa diferenciação evidencia que o recurso ordinário no STJ tem como base violações a leis federais ou tratados internacionais, enquanto no STF, as violações à Constituição Federal e a sua aplicação são o cerne da questão que pode ser objeto desse tipo de recurso.

Prazo de Interposição

STJ: O prazo para interpor o recurso ordinário é de 15 dias a partir da publicação da decisão;

●  STF: O prazo é de 15 dias, contados da publicação da decisão na Turma Recursal.

Petição Fundamentada

STJ: É necessário apresentar uma petição fundamentada, indicando a divergência jurisprudencial que demonstra a violação à lei federal ou tratado internacional;

●     STF: A petição também deve ser fundamentada, indicando as razões do pedido e demonstrando a violação à Constituição.

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Divergência Jurisprudencial

STJ: Exige a demonstração de divergência jurisprudencial para admissibilidade do recurso;

●     STF: Também exige a demonstração da divergência jurisprudencial.

Esses critérios são essenciais para garantir que apenas questões relevantes e fundamentadas alcancem os tribunais superiores, contribuindo para a eficiência e eficácia do sistema judiciário brasileiro.

Quais são os requisitos para que um recurso ordinário seja admitido no STJ e STF?

Para que um recurso ordinário seja admitido no STJ (Supremo Tribunal de Justiça) ou no STF (Superior Tribunal Federal), algumas condições precisam ser cumpridas. Primeiro, é essencial que o recurso seja apresentado dentro do prazo de 15 dias úteis previsto no artigo 1.003 do Código de Processo Civil, a partir do momento em que a pessoa foi notificada sobre a decisão.

Como proceder se um recurso ordinário for negado no STJ ou STF?

Se um recurso ordinário for negado pelo STJ ou pelo STF, ainda há algumas alternativas que podem ser consideradas. A princípio, pode-se avaliar a possibilidade de entrar com embargos de declaração, caso a decisão contenha alguma omissão, contradição ou falta de clareza. Esses embargos são utilizados para pedir que o tribunal esclareça ou corrija algum ponto específico da decisão.

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O que é a dupla conformidade e como ela se aplica ao recurso ordinário?

A dupla conformidade é um princípio que diz que uma decisão precisa ser revisada por duas instâncias antes de ser levada a um tribunal superior. No caso do recurso ordinário, isso significa que a decisão que você quer contestar já precisa ter passado por pelo menos dois níveis diferentes de julgamento.

Como é feito o julgamento de um recurso ordinário no STJ ou STF?

Quando um recurso ordinário chega ao STJ ou STF, o primeiro passo é verificar se ele está em conformidade com as regras, como ter sido interposto dentro do prazo e atender aos requisitos legais. Se estiver tudo certo, o recurso é aceito e então é designado para um relator, que é o ministro responsável por analisar o caso.

O que é necessário para garantir a admissibilidade de um recurso ordinário?

Para um recurso ordinário ser aceito, precisa-se seguir algumas regras. A princípio, só pode recorrer quem tem direito e interesse no caso. Logo, é preciso fazer isso dentro do prazo definido, pagar as taxas se for necessário e garantir que o recurso esteja bem fundamentado, com argumentos sólidos.

Quais são as consequências de um recurso ordinário intempestivo?

Se um recurso ordinário é apresentado fora do prazo, ele acaba não sendo aceito. Isso quer dizer que o tribunal não vai analisar o que você tentou argumentar e a decisão original continua valendo.

Como a jurisprudência pode influenciar o julgamento de um recurso ordinário?

A jurisprudência ajuda em como um recurso ordinário é julgado. Se há decisões anteriores que apoiam a sua argumentação, isso pode aumentar suas chances de sucesso. Por outro lado, se as decisões passadas são contra o que você está defendendo, isso pode tornar mais difícil vencer o recurso.

O que são embargos de declaração e como eles se relacionam com o recurso ordinário?

Embargos de declaração são usados para corrigir erros ou esclarecer uma decisão judicial. Se a decisão do recurso ordinário tiver algum problema, você pode usar embargos de declaração para corrigir isso.

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Conclusão

Ao longo deste contexto, observamos que o Recurso Ordinário no STJ e STF é um recurso de alta relevância, pois permite uma revisão aprofundada e criteriosa das questões jurídicas em discussão. Isso contribui para a promoção da segurança jurídica e para a eficácia do ordenamento legal vigente. 

A finalidade principal do Recurso Ordinário no STJ e STF é garantir que as decisões estejam alinhadas com a legislação e que a justiça seja devidamente aplicada.

Em suma, o Recurso Ordinário no STJ e STF é um mecanismo valioso que visa garantir a justiça, a correção de equívocos, a uniformização da jurisprudência e a aplicação correta da lei. Seu papel é fundamental para a manutenção de um sistema jurídico íntegro e eficiente, garantindo que as decisões judiciais estejam sempre alinhadas com os princípios legais e a busca pela verdadeira justiça.

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Autor
Galvão & Silva Advocacia

Artigo escrito por advogados especialistas do escritório Galvão & Silva Advocacia. Inscrita no CNPJ 22.889.244/0001-00 e Registro OAB/DF 2609/15. Conheça nossos autores.

Revisor
Daniel Ângelo Luiz da Silva

Advogado sócio fundador do escritório Galvão & Silva Advocacia, formado pela Universidade Processus em Brasília inscrito na OAB/DF sob o número 54.608, professor, escritor e palestrante de diversos temas relacionado ao direito brasileiro.

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