
Publicado em: 11/02/2025
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O imposto sobre grandes fortunas é um tributo previsto no artigo 153, inciso VII, da Constituição Federal que incide sobre patrimônios elevados.
O debate sobre o imposto sobre grandes fortunas (IGF) tem ganhado força em meio às discussões sobre justiça fiscal e equilíbrio das contas públicas.
A possibilidade de sua implementação desperta preocupação entre empresários e investidores, que veem potenciais impactos sobre o patrimônio e sobre a estrutura financeira de longo prazo.
Diante desse cenário de incertezas e de movimentações no campo tributário, o acompanhamento jurídico torna-se um fator estratégico. Um advogado pode orientar sobre alternativas legais, como a transação tributária, que permite negociar débitos e estruturar uma defesa preventiva para proteger o patrimônio e manter a conformidade fiscal.
Como a cobrança do imposto sobre grandes fortunas pode impactar seu patrimônio?
A possível criação do imposto sobre grandes fortunas, previsto no artigo 153, inciso VII, da Constituição Federal, desperta apreensão entre empresários, investidores e famílias com grandes patrimônios.
O imposto ainda não foi regulamentado por lei complementar, razão pela qual não há fato gerador definido. Em termos teóricos, sua incidência ocorreria sobre a propriedade de grandes patrimônios, mas os critérios exatos, como valores e base de cálculo, dependem de futura definição legal.
Sua discussão foi retomada pelo Supremo Tribunal Federal na ADO 55, que trata da omissão legislativa sobre o tema. Importante destacar que a tributação mal planejada pode reduzir a rentabilidade de investimentos, comprometer heranças e desequilibrar estruturas financeiras de décadas.
Quais os principais reflexos que podem surgir com a instituição do tributo?
A instituição do imposto sobre grandes fortunas pode gerar efeitos diretos na gestão patrimonial e nas finanças de longo prazo. Antes de sua regulamentação, é importante compreender alguns dos principais reflexos que esse tributo pode ocasionar sobre o patrimônio:
- Redução da liquidez imediata: o pagamento do tributo pode comprometer capital que seria destinado a investimentos ou expansão empresarial;
- Aumento do custo sucessório: a tributação patrimonial somada ao ITCMD pode tornar heranças e doações mais onerosas;
- Reestruturação de ativos: pode ser necessária reorganização societária ou financeira para otimizar a carga tributária;
- Risco de bitributação: a coexistência com outros impostos sobre patrimônio pode gerar duplicidade de incidência fiscal.
Esses riscos exigem atenção técnica e visão estratégica. A atuação de um advogado é essencial para projetar cenários, antecipar impactos e buscar alternativas seguras dentro da legislação vigente. Contar com orientação especializada desde já permite proteger o patrimônio e evitar decisões precipitadas diante de um cenário cada vez mais complexo.
Como saber se meu patrimônio sofrerá a incidência do imposto sobre grandes fortunas (IGF)?
Embora o imposto sobre grandes fortunas ainda não tenha sido regulamentado, é possível identificar parâmetros que podem indicar quem seria afetado caso o tributo entre em vigor. A análise depende de critérios patrimoniais, fiscais e sucessórios que devem ser avaliados à luz das normas da Receita Federal, responsável pela fiscalização e cobrança de tributos.
Alguns indicadores ajudam a compreender se o patrimônio de uma pessoa física ou jurídica estaria sujeito à incidência do IGF:
- Volume total de bens e investimentos: patrimônios que ultrapassam faixas de alto valor líquido tendem a estar no foco do imposto;
- Natureza dos ativos: imóveis de alto padrão, participações societárias e aplicações financeiras seriam os principais elementos avaliados;
- Origem e registro patrimonial: bens sem comprovação formal ou com inconsistências fiscais podem gerar questionamentos adicionais;
- Residência fiscal e regime de tributação: contribuintes domiciliados no Brasil com ativos no exterior podem ser alcançados pela tributação global;
- Reorganizações societárias recentes: alterações estruturais com o objetivo de reduzir carga tributária poderão ser analisadas pela administração fiscal, caso o imposto sobre grandes fortunas venha a ser regulamentado.
O diagnóstico sobre a possível incidência do IGF exige análise técnica e confidencialidade absoluta. A orientação de um advogado tributarista é essencial para mapear riscos, revisar declarações e assegurar que o patrimônio esteja devidamente estruturado e protegido diante de futuras alterações legislativas.
Como a transação tributária se relaciona com o imposto sobre grandes fortunas?
A transação tributária, prevista na Lei nº 13.988/2020, permite que contribuintes negociem débitos fiscais de forma legal e transparente. Caso o imposto sobre grandes fortunas venha a ser regulamentado, esse instrumento pode ser fundamental para resolver controvérsias e evitar execuções fiscais de grande impacto patrimonial.
De forma prática, a transação tributária pode ser aplicada em diferentes situações que envolvam o IGF:
- Negociação de débitos fiscais: permite discutir valores cobrados de forma indevida ou excessiva, ajustando a dívida dentro dos limites legais;
- Parcelamento e descontos: possibilita o pagamento de tributos em condições mais favoráveis, conforme a capacidade econômica do contribuinte;
- Evitar bloqueios patrimoniais: reduz o risco de penhoras ou constrição sobre bens durante disputas fiscais;
- Encerramento de litígios: viabiliza acordos que encerram processos administrativos ou judiciais, buscando previsibilidade financeira.
- Planejamento tributário estratégico: permite alinhar as negociações com a gestão patrimonial de longo prazo, evitando reincidências e otimizando a conformidade fiscal.
O uso adequado desse mecanismo exige análise minuciosa de cada caso, com base em documentos, valores e enquadramentos legais. A orientação jurídica pode identificar o momento certo de propor a negociação e assegurar que o acordo ocorra dentro dos parâmetros da lei.
Quais os riscos de conduzir negociações ligadas ao imposto sobre grandes fortunas sem apoio jurídico?
A incerteza sobre a regulamentação do IGF amplia os riscos de decisões fiscais mal orientadas. Contribuintes, ao tentar resolver pendências, acabam cometendo erros que podem gerar autuações e penalidades severas e condutas equivocadas podem inclusive ser enquadradas como crimes tributários, conforme previsto na Lei nº 8.137/1990.
Antes de avançar em qualquer proposta, vale observar erros frequentes que trazem alto custo:
- Enquadramento penal indevido: condutas mal orientadas podem ser interpretadas como sonegação, ampliando riscos criminais;
- Acordos financeiramente desvantajosos: concessões precipitadas geram ônus superiores à capacidade econômica real;
- Perda de prazos e preclusões: falhas de calendário inviabilizam defesas e reduzem margem de negociação;
- Exposição patrimonial: decisões sem blindagem jurídica elevam o risco de penhoras e bloqueios cautelares;
- Documentação inconsistente: provas frágeis ou mal produzidas minam a credibilidade e favorecem autuações.
Evitar esses desfechos exige método, análise de risco e leitura precisa do processo administrativo ou judicial. Com suporte de um advogado tributarista, é possível calibrar a estratégia, qualificar provas e propor soluções proporcionais à capacidade de pagamento, reduzindo danos patrimoniais e incertezas futuras.
Como preparar seu patrimônio para uma possível tributação sobre grandes fortunas?
A preparação para uma possível tributação sobre grandes fortunas deve seguir princípios previstos no Código Tributário Nacional (Lei nº 5.172/1966), especialmente os que tratam da capacidade contributiva e da administração responsável dos tributos. Antecipar medidas jurídicas e financeiras é essencial para reduzir riscos de autuação.
Entre as principais ações que contribuem para preparar o patrimônio diante de um cenário de tributação ampliada, destacam-se:
- Mapeamento patrimonial detalhado: identificar todos os bens, ativos e participações para avaliar o impacto potencial da nova tributação;
- Análise sucessória e societária: revisar estruturas empresariais e instrumentos de herança para evitar bitributação e custos desnecessários;
- Gestão preventiva de passivos: verificar eventuais débitos ou questionamentos fiscais que possam interferir nas negociações futuras;
- Revisão de operações financeiras: ajustar investimentos e movimentações para reduzir riscos de autuações e inconsistências documentais;
- Acompanhamento jurídico contínuo: visa a conformidade legal e atualização estratégica diante de alterações na política tributária.
Com o suporte de um advogado tributarista, o contribuinte pode alinhar cada etapa do planejamento às normas fiscais e às perspectivas de regulamentação do IGF.
Essa atuação técnica permite decisões seguras, redução de riscos e manutenção da estabilidade financeira diante de um ambiente tributário em constante transformação.
Como o escritório Galvão & Silva Advocacia pode ajudar em questões ligadas ao imposto sobre grandes fortunas?
A gestão patrimonial diante de possíveis mudanças tributárias exige estratégia e análise técnica. O imposto sobre grandes fortunas pode gerar impactos significativos, tornando indispensável o apoio jurídico especializado. O escritório Galvão & Silva Advocacia atua com equipe experiente em Direito Tributário, orientando decisões seguras e preventivas.
Com ampla atuação em transação tributária, planejamento patrimonial e defesa fiscal, nossa equipe acompanha as discussões sobre o Imposto sobre Grandes Fortunas e seus reflexos práticos. Entre em contato e saiba como nossa assessoria pode ajudar na sua segurança fiscal.
Daniel Ângelo Luiz da Silva
Advogado sócio fundador do escritório Galvão & Silva Advocacia, formado pela Universidade Processus em Brasília inscrito na OAB/DF sob o número 54.608, professor, escritor e palestrante de diversos temas relacionado ao direito brasileiro.

Galvão & Silva Advocacia
Artigo revisado por advogados especialistas do escritório Galvão & Silva Advocacia. Inscrita no CNPJ 22.889.244/0001-00 e Registro OAB/DF 2609/15. Conheça nossos autores.














