
Publicado em: 28/09/2023
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Os tipos de agressão englobam atos físicos, psicológicos, morais, sexuais e patrimoniais que violam a integridade de uma pessoa. Cada forma possui consequências legais específicas e pode gerar prisão, medidas protetivas e indenizações à vítima, conforme a legislação brasileira.
A legislação brasileira adota postura rigorosa diante de qualquer forma de agressão, assegurando a integridade física, psicológica e moral como direito fundamental protegido pela Constituição Federal.
Em casos de violência doméstica, aplica-se a Lei nº 11.340/2006 (Lei Maria da Penha), enquanto o Código Penal (Decreto-Lei nº 2.848/1940) define sanções para lesão corporal, ameaça e outros delitos. A assistência jurídica adequada é essencial para garantir justiça e segurança às partes envolvidas.
Quais são os tipos de agressão previstos em lei?
A legislação brasileira reconhece diferentes formas de agressão, que podem ocorrer tanto em ambiente doméstico quanto em outros contextos sociais. Entre as principais, destacam-se:
- Agressão física: quando há uso de força que cause dor ou lesão corporal, prevista no artigo 129 do Código Penal;
- Agressão psicológica: caracterizada por ameaças, humilhações, chantagens e perseguições, com previsão expressa na Lei Maria da Penha;
- Agressão moral: como calúnia, difamação e injúria, tipificadas nos artigos 138 a 140 do Código Penal;
- Agressão patrimonial: que envolve destruição ou retenção de bens, muitas vezes aplicada em casos de violência doméstica;
- Agressão sexual: punida de forma severa, incluindo estupro (art. 213 do CP) e outros delitos contra a dignidade sexual.
Cada uma dessas modalidades tem consequências jurídicas próprias, que podem incluir medidas protetivas, indenizações, multas e até pena de reclusão
Quais as consequências para o agressor?
As consequências legais para o agressor variam conforme a gravidade do crime. Casos de lesão corporal podem gerar detenção de três meses a um ano, com aumento em situações de violência doméstica.
Em crimes mais graves, como estupro, a pena pode chegar a 30 anos, conforme ações recentes das autoridades no combate à violência contra mulheres, exemplo disso está disponível em decisões e operações recentes da PRF.
Além da esfera criminal, o agressor responde civilmente, podendo ser condenado a indenizar a vítima por danos morais e materiais. Medidas protetivas também podem determinar afastamento do lar, suspensão de visitas e restrição ao porte de armas.
Essas sanções demonstram o compromisso do sistema jurídico com a dignidade humana e a segurança das vítimas, reforçando que toda forma de agressão gera consequências severas.
Como funciona o inquérito policial em crimes de agressão?
O inquérito policial é a fase inicial da investigação, conduzida pela autoridade policial para apurar indícios de autoria e materialidade da agressão. Os fatos podem ser registrados nos canais oficiais, como o serviço digital de registro de ocorrência por lesão corporal.
Nessa etapa, são colhidas provas, ouvidas testemunhas e realizados exames periciais que podem sustentar uma denúncia ou o arquivamento do caso. A presença de um advogado assegura o respeito aos direitos do investigado.
Com orientação jurídica, é possível impugnar provas ilícitas, acompanhar depoimentos e solicitar diligências que reforcem a defesa ou a proteção da vítima, garantindo um processo justo e equilibrado.
Como se defender em casos de acusação de agressão?
Uma acusação de agressão exige reação técnica e rápida. Com apoio jurídico desde o início, é possível evitar medidas desproporcionais, corrigir irregularidades e construir uma versão defensiva sólida.
Passo a passo sucinto para se defender:
- Procure um advogado imediatamente e evite falar sem orientação;
- Obtenha cópia do boletim/inquérito e organize uma linha do tempo dos fatos;
- Reúna provas: laudos, mensagens, áudios, vídeos, localização e testemunhas;
- Peça o acompanhamento do advogado em depoimentos e diligências.
Uma defesa bem estruturada protege o contraditório e a ampla defesa, reduz riscos e pode encerrar o caso com rapidez e justiça, preservando sua imagem e sua liberdade.
Quais provas podem ser usadas em casos de agressão?
As provas são determinantes em processos de agressão, pois demonstram tanto a autoria quanto a veracidade dos fatos. A coleta e a análise correta são essenciais para garantir um julgamento justo.
Principais provas utilizadas em casos de agressão:
- Laudos médicos e corpo de delito, comprovando lesões físicas;
- Boletim de ocorrência e registros policiais detalhados;
- Depoimentos de testemunhas que presenciaram ou conhecem os fatos;
- Mensagens, e-mails e áudios extraídos de celulares ou redes sociais;
- Vídeos, fotos e gravações que mostrem o contexto ou o ato da agressão;
- Relatórios psicológicos e documentos periciais em casos de agressão emocional.
A atuação do advogado é indispensável para avaliar a validade e o peso de cada prova, assegurando que o processo respeite o devido procedimento legal e os direitos das partes envolvidas.
Como funciona a reparação civil por agressão física ou psicológica?
Além das sanções penais, a agressão pode gerar consequências na esfera cível, obrigando o agressor a indenizar a vítima por danos morais, danos materiais e até danos estéticos. O valor da reparação varia de acordo com a gravidade da conduta e as consequências geradas.
Casos de agressão física que resultam em incapacidade para o trabalho, por exemplo, podem justificar pedidos de pensão mensal ou compensações financeiras expressivas. Já em agressões psicológicas ou morais, os tribunais têm reconhecido indenizações relevantes pelo impacto causado.
A responsabilidade civil reforça que a agressão não traz apenas risco de prisão, mas também prejuízos patrimoniais duradouros. Por isso, a defesa deve avaliar estratégias para minimizar esses impactos ou, em casos de vítimas, garantir a reparação integral do dano sofrido.
Defesa comprova inocência em caso de agressão familiar em Brasília
Um morador de Brasília foi acusado injustamente de agressão física após uma discussão familiar, o que resultou na instauração de inquérito e na aplicação de medidas restritivas urgentes. A situação ameaçava sua reputação e o convívio com os filhos.
O escritório Galvão & Silva Advocacia assumiu a defesa desde a fase policial, reunindo provas que desmontaram a acusação, entre elas laudos médicos e vídeos que comprovavam a ausência de agressão. Com base no art. 5º, LV, da Constituição Federal, foi garantido ao cliente o pleno exercício da ampla defesa e do contraditório.
A análise técnica demonstrou a inconsistência das provas e levou ao arquivamento do inquérito. A decisão restabeleceu a imagem do acusado e reforçou a importância de uma atuação jurídica ágil e estratégica para evitar condenações injustas.
Como o escritório Galvão & Silva Advocacia pode auxiliar em casos de agressão?
O escritório Galvão & Silva Advocacia possui equipe criminalista experiente em casos de agressão, atuando desde o acompanhamento em delegacias e inquéritos até defesas e sustentações orais em tribunais.
Cada caso é analisado de forma individual, com estratégias jurídicas personalizadas e baseadas em provas sólidas, garantindo atendimento técnico e humanizado em situações delicadas.
Se você foi vítima ou acusado de agressão, entre em contato e conheça nossas áreas de atuação. Nossa equipe está preparada para proteger seus direitos e buscar a solução mais justa com ética e eficiência. contato conosco para agendar uma consultoria e dar o primeiro passo em direção a um futuro mais seguro e livre de violência.
Dr. Caio de Souza Galvão
Sou advogado, sócio-fundador do escritório Galvão & Silva Advocacia, formado pela Universidade Católica de Brasília e pós-graduado em Ciências Penais pela Universidade Cândido Mendes. Iniciei minha trajetória no TJDFT, atuando no 1º Juizado Cível, Criminal e de Violência Doméstica, além de exercer funções como conciliador. Passei pelo TST, TCU e Procuradoria-Geral do Banco Central, onde […]
Dr. Daniel Ângelo Luiz da Silva
Sou advogado, sócio fundador do escritório Galvão & Silva Advocacia, formado pela Universidade Processus e inscrito na OAB/DF nº 54.608. Atuo há mais de uma década em Direito Civil, Empresarial, Inventário, Homologação de Sentença Estrangeira e em litígios complexos envolvendo disputas patrimoniais. Além da advocacia, sou professor, escritor e palestrante, fluente em inglês e espanhol. […]














