
Publicado em: 20/04/2023
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O cônjuge tem direito à pensão por morte quando comprova o casamento ou união estável na data do óbito do parceiro, que precisava ser um segurado do INSS. A duração do benefício varia conforme a idade do dependente e o tempo de união ou contribuição do falecido.
O tema, embora pareça simples, envolve regras de tempo de vínculo conjugal e comprovação de dependência econômica.
O acompanhamento jurídico adequado faz diferença desde a fase administrativa, especialmente diante das constantes atualizações legislativas e interpretações dos tribunais superiores, como o STJ.
Quais são os requisitos para o cônjuge receber a pensão por morte?
Para que o cônjuge tenha direito ao benefício, é necessário comprovar o casamento ou união estável com o segurado no momento do falecimento, além de demonstrar que o falecido mantinha qualidade de segurado junto ao INSS, conforme artigo 16, § 1º, da Lei nº 8.213/1991.
Além disso, é necessário observar:
- Vínculo conjugal ou união estável formalizada ou presumida.
- Dependência econômica presumida, que assegura direito automático ao benefício.
- Tempo mínimo de contribuição do segurado, salvo casos de acidente ou incapacidade.
- Inexistência de perda da qualidade de segurado antes do falecimento.
Essas condições seguem a Lei nº 8.213/1991 e os entendimentos consolidados pela jurisprudência. A análise individual de cada caso é indispensável para identificar o enquadramento adequado e assegurar o benefício.
Por quanto tempo o cônjuge pode receber a pensão por morte?
A duração do benefício varia conforme a idade do dependente e o tempo de contribuição do segurado. Desde a Reforma da Previdência (EC nº 103/2019), as regras ficaram mais rigorosas e exigem atenção redobrada na análise.
| Idade do dependente | Duração do benefício | Observações |
| Menos de 21 anos | 3 anos | Benefício temporário |
| Entre 21 e 26 anos | 6 anos | Se atender aos requisitos mínimos |
| Entre 27 e 29 anos | 10 anos | Depende do tempo de união |
| Entre 30 e 40 anos | 15 anos | Benefício intermediário |
| Entre 41 e 43 anos | 20 anos | Benefício estendido |
| 44 anos ou mais | Vitalício | Se preenchidos os requisitos legais |
Esses prazos buscam equilibrar a proteção social e a sustentabilidade previdenciária. Essas regras estão previstas na Lei nº 8.213/1991, artigo 74 e regulamentadas pelo INSS (IN nº 128/2022).
Quais erros mais comuns levam à negativa da pensão por morte?
Mesmo quando o cônjuge cumpre os requisitos, falhas no processo podem impedir a concessão da pensão para cônjuge. Alguns exemplos específicos incluem:
- Falta de comprovação do vínculo conjugal ou união estável: impede o reconhecimento do vínculo e do direito ao benefício.
- Documentação incompleta sobre a qualidade de segurado do falecido: dificulta a análise previdenciária.
- Inconsistências em datas de óbito, união ou contribuições: geram dúvidas na análise e atrasam a concessão.
- Pedido protocolado fora do prazo: pode resultar na perda de parcelas retroativas.
Essas falhas são facilmente evitáveis com acompanhamento técnico adequado. O apoio jurídico especializado garante que o processo seja instruído de forma completa e conforme as exigências legais, reduzindo significativamente o risco de indeferimento.
Como comprovar a união estável para pensão por morte?
A comprovação inclui documentos que demonstrem convivência pública, contínua e duradoura, como declarações, registros em conjunto ou testemunhos.
Entre as principais provas aceitas estão:
- Contas bancárias conjuntas: demonstram vida financeira compartilhada, estável e transparente.
- Declaração de imposto de renda como dependente: comprova reconhecimento formal, jurídico, estável e legítimo da união.
- Certidão de nascimento de filhos em comum: reforça o vínculo familiar e a convivência estável.
- Correspondências com o mesmo endereço: indicam coabitação e cotidiano compartilhado.
- Fotografias e testemunhos: evidenciam o relacionamento público, contínuo, duradouro e afetivo.
Cada caso deve ser analisado de forma específica, considerando o conjunto probatório. O acompanhamento jurídico garante que os documentos apresentados atendam às exigências do INSS e às interpretações firmadas pela jurisprudência.
O que muda quando há separação de fato ou judicial?
A separação, seja de fato ou judicial, não significa automaticamente a perda do direito ao benefício. O reconhecimento da dependência econômica continua sendo o fator determinante para a concessão do benefício.
Veja os exemplos a seguir:
- Separação de fato: não elimina o direito à pensão se comprovada ajuda financeira contínua.
- Separação judicial: a pensão alimentícia reconhecida judicialmente reforça o direito.
- Entendimento do STJ: a inclusão de um novo beneficiário na pensão por morte requer a citação e participação dos demais dependentes já habilitados no benefício.
Essas situações demonstram que a análise da pensão deve considerar a realidade familiar e econômica, preservando o princípio da dignidade humana e a finalidade social da Previdência.
Após negativa do INSS, cônjuge recebe pensão por morte com apoio jurídico especializado
Uma mulher de 35 anos, mãe de 2 filhos, teve o pedido de pensão negado pelo INSS sob o argumento de falta de provas da união estável. A situação gerou insegurança e incerteza quanto ao futuro financeiro após a perda do companheiro.
O escritório Galvão & Silva Advocacia analisou minuciosamente o caso, reunindo documentos, testemunhos e registros bancários que comprovaram a convivência e a dependência econômica entre o casal. O recurso administrativo foi elaborado com base sólida na legislação previdenciária.
O resultado foi a concessão integral do benefício, com pagamento retroativo das parcelas devidas. A atuação técnica e humanizada de nossa equipe concedeu à cliente o reconhecimento de seu direito e a estabilidade necessária em um momento de fragilidade.
Como o escritório Galvão & Silva Advocacia pode auxiliar no direito de pensão por morte?
O acompanhamento jurídico especializado é essencial para quem busca o reconhecimento do direito à pensão por morte. Cada etapa do processo exige conhecimento técnico e atenção aos detalhes para evitar erros e garantir o deferimento do benefício.
Nosso escritório atua com rigor jurídico e sensibilidade, assegurando que o pedido seja formulado de forma precisa e conforme a legislação previdenciária vigente. A análise individualizada de cada caso é o diferencial que proporciona segurança e agilidade ao procedimento.
A equipe do escritório Galvão & Silva Advocacia oferece suporte completo, desde a organização dos documentos até recursos administrativos e ações judiciais. Entre em contato e conte com profissionais comprometidos com a defesa dos seus direitos e a proteção da sua família.
Daniel Ângelo Luiz da Silva
Advogado sócio fundador do escritório Galvão & Silva Advocacia, formado pela Universidade Processus em Brasília inscrito na OAB/DF sob o número 54.608, professor, escritor e palestrante de diversos temas relacionado ao direito brasileiro.

Galvão & Silva Advocacia
Artigo revisado por advogados especialistas do escritório Galvão & Silva Advocacia. Inscrita no CNPJ 22.889.244/0001-00 e Registro OAB/DF 2609/15. Conheça nossos autores.























