Publicado em: 19/09/2025
Atualizado em:
Os Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia são autarquias que fiscalizam o exercício profissional da engenharia e da agronomia no Brasil, aplicando sanções éticas e administrativas. Engenheiros e agrônomos podem responder a processos disciplinares que impactam diretamente sua carreira.
No Brasil, a atuação profissional de engenheiros e agrônomos depende não apenas de formação técnica, mas também de registro ativo nos Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia (CREAs). Esses órgãos desempenham papel crucial na proteção da sociedade e na preservação da qualidade dos serviços técnicos prestados.
Quando um profissional é acusado de descumprir normas éticas ou técnicas, pode enfrentar processos administrativos que colocam em risco seu registro e, consequentemente, seu futuro profissional. É nesse contexto que a assistência de um advogado especialista se torna fundamental para garantir o exercício pleno da ampla defesa e do contraditório.
Qual o papel dos Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia?
Os Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia (CREAs) são autarquias federais instituídas pela Lei nº 5.194/1966, responsáveis por regulamentar e fiscalizar as profissões ligadas à engenharia, agronomia e áreas correlatas.
Entre suas atribuições estão:
- Registrar profissionais e empresas que atuam no setor;
- Fiscalizar a execução de obras e serviços técnicos;
- Investigar denúncias de irregularidades;
- Instaurar e julgar processos ético-disciplinares;
- Aplicar penalidades previstas em lei.
A atuação dos CREAs não se limita a punir: ela busca assegurar que a sociedade seja atendida por profissionais qualificados e que os serviços técnicos sigam padrões de segurança e eficiência.
Quais riscos os profissionais enfrentam nos CREAs?
Um processo administrativo em um Conselho Regional pode trazer graves consequências à carreira de engenheiros e agrônomos. Muitas vezes, a falta de defesa técnica adequada aumenta o risco de sanções.
Entre os principais riscos estão:
- Recebimento de advertências éticas que afetam a reputação;
- Aplicação de multas administrativas de valores elevados;
- Suspensão temporária do exercício profissional;
- Cassação definitiva do registro no Conselho.
Além das consequências diretas, há repercussões indiretas: perda de contratos, dificuldades em licitações e abalo de credibilidade junto ao mercado. Por isso, a defesa qualificada é essencial em qualquer fase do procedimento.
Diferença entre defesa administrativa e judicial nos CREAs
O profissional acusado pode se defender tanto na esfera administrativa, dentro do próprio Conselho, quanto na via judicial. Cada modalidade apresenta características próprias.
- Defesa administrativa: apresentada ao próprio CREA, com provas técnicas, testemunhas e argumentação jurídica. Tem como objetivo afastar ou reduzir penalidades antes que se consolidem.
- Defesa judicial: utilizada quando há ilegalidade ou desproporcionalidade na decisão administrativa. Nesse caso, o Judiciário pode suspender penalidades ou até anular o processo.
A experiência prática demonstra que muitas defesas combinam ambas as frentes, o que aumenta as chances de proteger o direito de exercício profissional.
Como atua um advogado especialista em Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia?
A defesa perante os CREAs exige conhecimento específico da legislação setorial e dos regulamentos internos. O advogado especialista atua desde a análise processual, identificando falhas formais, vícios de notificação e nulidades que possam comprometer a legalidade do procedimento instaurado.
Outro ponto essencial é a apresentação de provas técnicas, como laudos, pareceres e documentos que sustentem a versão do profissional. Esse trabalho qualificado reforça a defesa e contribui para demonstrar que a conduta do engenheiro ou agrônomo está em conformidade com as normas exigidas.
Além disso, o advogado garante a aplicação de garantias constitucionais, especialmente o artigo 5º, inciso LV, da Constituição Federal, que assegura contraditório e ampla defesa. A atuação inclui ainda recursos administrativos e judiciais, aumentando as chances de absolvição ou de redução das penalidades.
Principais penalidades aplicadas nos CREAs
A depender da gravidade da conduta, os Conselhos podem impor diferentes penalidades. Entre elas:
- Advertência confidencial: aplicada em infrações de menor gravidade;
- Multa: de valores variáveis, proporcional à infração;
- Suspensão temporária: impede o exercício da profissão por um período;
- Cassação definitiva do registro: sanção máxima, que retira o direito de atuar profissionalmente.
A aplicação das penalidades deve sempre observar princípios constitucionais, como proporcionalidade e razoabilidade. Decisões arbitrárias podem ser questionadas no Judiciário.
Processo no CREA é revertido após estratégia jurídica especializada
Uma empresa de engenharia de grande porte foi autuada em processo disciplinar no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia, sob acusação de falhas técnicas em obras de infraestrutura. A penalidade prevista poderia gerar suspensão de registros e paralisação de contratos milionários em andamento.
O escritório Galvão & Silva Advocacia assumiu a defesa e identificou nulidades relevantes no processo administrativo. Foram produzidos pareceres técnicos independentes, apresentados laudos de conformidade e estruturada estratégia para recurso em instâncias superiores, evitando riscos de execução imediata das sanções.
O resultado foi a anulação das penalidades e a manutenção da regularidade profissional da empresa e de seus responsáveis técnicos. A decisão garantiu continuidade das obras, preservou contratos de alto valor e reforçou a credibilidade da organização no mercado nacional.
Como o escritório Galvão & Silva Advocacia pode te ajudar em processos nos CREAs
A defesa em processos ético-disciplinares nos Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia exige conhecimento técnico, experiência prática e atuação estratégica. O escritório Galvão & Silva Advocacia conta com equipe especializada, que atua desde a fase inicial do processo administrativo até eventual recurso judicial.
O escritório adota abordagem personalizada, analisando cada caso em profundidade e buscando soluções que respeitem tanto os direitos do profissional quanto a legislação vigente.
Nosso compromisso é com a ética e a excelência jurídica, em conformidade com o Código de Ética e Disciplina da OAB, garantindo segurança jurídica e proteção da carreira dos engenheiros e agrônomos assistidos.
Para saber mais sobre nossas áreas de atuação ou esclarecer dúvidas específicas, entre em contato e obtenha orientação adequada ao seu caso.
Daniel Ângelo Luiz da Silva
Advogado sócio fundador do escritório Galvão & Silva Advocacia, formado pela Universidade Processus em Brasília inscrito na OAB/DF sob o número 54.608, professor, escritor e palestrante de diversos temas relacionado ao direito brasileiro.
Galvão & Silva Advocacia
Artigo revisado por advogados especialistas do escritório Galvão & Silva Advocacia. Inscrita no CNPJ 22.889.244/0001-00 e Registro OAB/DF 2609/15. Conheça nossos autores.