Publicado em: 25/07/2025
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O memorial no STJ e STF é uma exposição escrita ou oral feita pelo advogado para destacar argumentos e pontos relevantes do processo. Serve para orientar os ministros antes do julgamento, sendo uma ferramenta estratégica nos tribunais superiores.
Você sabe como usar o memorial no STJ e STF para reforçar sua tese? Esse instrumento pode ser decisivo no julgamento do seu processo. Entenda sua importância, riscos da omissão e quando buscar apoio jurídico estratégico.
O memorial é um documento técnico e estratégico apresentado diretamente aos ministros antes do julgamento. Sua principal função é destacar os pontos centrais da tese da parte, facilitando a compreensão do caso.
Nos tribunais superiores, onde o volume de processos é alto, o memorial serve como instrumento de reforço argumentativo. Ele oferece ao julgador um panorama claro, objetivo e bem estruturado da controvérsia.
Apesar de não substituir as petições processuais, o memorial pode influenciar a percepção do relator e dos demais ministros. Quando bem elaborado, ele contribui para a formação do voto e favorece a tese defendida. No entanto, não basta apenas apresentar o documento: sua redação exige técnica, timing e estratégia.
Quando apresentar um memorial no STJ ou STF?
O memorial é mais útil quando o processo está pronto para julgamento, especialmente em temas técnicos ou de repercussão geral. Ele serve como última oportunidade de reforçar os argumentos e esclarecer pontos-chave diretamente aos ministros do tribunal.
Em julgamentos virtuais, sua importância aumenta. Vejamos, por exemplo, o que diz o artigo 184-A, §3, do Regimento Interno do STJ:
“Art. 184-A. Ficam criados órgãos julgadores virtuais assíncronos correspondentes à Corte Especial, às Seções e às Turmas do Superior Tribunal de Justiça, com a finalidade de julgamento eletrônico de recursos e ações originárias.
§ 3º As partes e demais habilitados nos autos, por intermédio de seus representantes, poderão encaminhar as respectivas sustentações orais e memoriais por meio eletrônico, após a publicação da pauta, em até 48 horas antes de iniciado o julgamento em ambiente virtual assíncrono.”
Sem sustentação oral, o memorial torna-se a única forma de apresentar a tese da parte com clareza, objetividade e foco. Ele orienta o relator e pode influenciar a construção do voto antes da sessão.
Mesmo quando a sustentação é permitida, o memorial antecipa pontos críticos e reforça o convencimento do colegiado. Advogados experientes sabem que esse documento pode determinar se a tese será acolhida ou ignorada no julgamento.
Quais elementos não podem faltar em um bom memorial?
Elaborar um bom memorial para o STJ ou STF exige atenção a detalhes que vão além da redação. A estrutura, o conteúdo e até o momento da entrega influenciam diretamente o impacto do documento. A seguir, listamos os principais elementos que não podem faltar para que o memorial cumpra seu papel de forma estratégica:
- Introdução objetiva, que possa situar rapidamente o julgador no contexto do recurso;
- Resumo claro dos fatos processuais mais relevantes;
- Exposição das teses jurídicas centrais, com lógica argumentativa fluida;
- Destaque para precedentes relevantes, fundamentos legais e pontos controversos;
- Síntese estratégica, sem repetição das petições anteriores, com foco no essencial;
- Linguagem técnica e respeitosa, evitando exageros emocionais ou tom agressivo;
- Apresentação visual organizada, com tópicos bem divididos e leitura agradável;
- Envio dentro do prazo hábil, respeitando as regras internas dos tribunais;
- Contato institucional com gabinetes, sempre dentro dos limites éticos da advocacia.
Ao reunir esses elementos, o advogado aumenta significativamente as chances de o memorial ser lido com atenção e de contribuir positivamente para a formação do voto. O escritório Galvão & Silva e sua equipe de advogados especialistas são amplamente reconhecidos em cada um dos elementos citados.
O que pode dar errado na apresentação de um memorial?
Um erro comum é entregar o memorial fora do prazo, o que pode fazer com que ele nem seja lido. Outro risco é usar linguagem genérica, sem foco técnico, o que reduz o impacto e pode gerar antipatia no julgador.
Também há quem apresente argumentos confusos, que não dialogam com o relator ou ignoram o estágio atual do processo. Isso demonstra despreparo e pode prejudicar a imagem da parte diante do tribunal.
A falta de estratégia é igualmente perigosa. Um memorial que repete petições anteriores sem contextualização atual pode ser ignorado, especialmente em julgamentos com muitos processos na pauta.
Por isso, é indispensável que a elaboração e a entrega do memorial sejam conduzidas por advogado com experiência nos tribunais superiores. Não há espaço para improviso nesse momento processual.
Qual o impacto de um bom memorial na decisão do caso?
Embora não tenha força vinculante, o memorial pode influenciar diretamente o julgamento. Ministros e assessores costumam ler o material antes da sessão, para revisar os principais pontos. Ele ajuda a relembrar fatos, argumentos e jurisprudências essenciais à causa.
Em temas técnicos ou com jurisprudência dividida, o memorial pode direcionar o foco do relator. Ao destacar elementos favoráveis, ele potencializa a tese da parte e altera o peso da argumentação, o que pode influenciar a formação do voto.
Há casos em que o julgamento foi suspenso ou revertido após leitura do memorial. Quando o documento expõe omissões, contradições ou precedentes novos, ele provoca reavaliação no colegiado, a linguagem precisa e estratégica faz a diferença.
O impacto de um bom memorial é real e mensurável. Ele representa uma das últimas oportunidades para convencer os ministros. Em se tratando de processos no STJ e STF, cada detalhe conta, inclusive a forma como o direito é apresentado.
Caso prático: atuação estratégica do Galvão & Silva no STJ
Em um julgamento no STJ, o escritório Galvão & Silva Advocacia foi contratado às vésperas da sessão para elaborar um memorial estratégico em um recurso especial envolvendo tema de repercussão técnica. Com pouco tempo, a equipe analisou os autos, identificou falhas na argumentação da parte contrária e estruturou uma tese objetiva e persuasiva.
O memorial foi enviado dentro do prazo regimental e complementado com contato institucional ético junto ao gabinete do relator. O resultado foi expressivo: o voto foi parcialmente modificado com base nos pontos destacados, e a tese da parte representada prevaleceu por maioria.
A atuação técnica do escritório foi essencial para esse desfecho favorável.
Qual a diferença entre memorial, petição e sustentação oral?
A petição é uma peça processual formal, prevista no Código de Processo Civil, usada para provocar a jurisdição. Já o memorial tem natureza persuasiva e funciona como reforço estratégico no momento do julgamento.
A sustentação oral, por sua vez, é feita verbalmente durante a sessão de julgamento, quando admitida. O tempo é limitado e a argumentação precisa ser direta, razão pela qual o memorial costuma complementá-la.
Diferente da petição, que fica nos autos, o memorial é direcionado diretamente ao julgador. Ele permite personalização e foco em pontos específicos, dependendo do perfil do relator ou da composição da turma.
Essas ferramentas são complementares. Quando bem usadas em conjunto, maximizam o impacto da defesa e aumentam significativamente a chance de êxito na instância superior.
Como o Galvão & Silva Advocacia pode ajudar na elaboração de memoriais
O Galvão & Silva Advocacia atua com estratégia e técnica na elaboração de memorial no STJ e STF. Nossa equipe domina os fluxos internos, a linguagem dos tribunais e os perfis dos julgadores.
Analisamos o processo, extraímos os argumentos mais relevantes e redigimos com clareza, objetividade e rigor jurídico. Nosso trabalho é entregar o conteúdo certo, na forma certa, para o momento certo do julgamento.
Além disso, realizamos contato institucional com gabinetes, dentro dos limites éticos da advocacia, para garantir que o material chegue ao destino com atenção e respeito profissional.
Se seu processo está em fase final no STJ ou STF, e você precisa de um memorial técnico, eficaz e estratégico, fale com nossa equipe. Estamos prontos para aumentar suas chances de sucesso no julgamento.
Galvão & Silva Advocacia
Artigo escrito por advogados especialistas do escritório Galvão & Silva Advocacia. Inscrita no CNPJ 22.889.244/0001-00 e Registro OAB/DF 2609/15. Conheça nossos autores.