
Publicado em: 05/11/2025
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Negociação de sonegação de impostos é o procedimento jurídico que permite ao contribuinte regularizar dívidas fiscais relacionadas a infrações tributárias, por meio de acordos que visam quitar débitos, reduzir penalidades e restabelecer a conformidade com o Fisco.
A sonegação fiscal é uma das infrações mais graves no campo tributário e pode gerar implicações administrativas e criminais. A legislação brasileira permite a transação tributária, mecanismo que busca conciliar o interesse público com a capacidade financeira do contribuinte.
A atuação técnica identifica irregularidades no lançamento do crédito tributário, define estratégias de negociação e evita que o contribuinte assuma responsabilidades desnecessárias ou perca benefícios previstos em lei.
Quando é possível negociar débitos por sonegação de impostos?
A regularização é possível quando o crédito tributário já foi constituído e inscrito em dívida ativa. Mesmo nos casos em que há indícios de sonegação, a lei autoriza a celebração de transações, desde que observadas as normas da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e os precedentes judiciais aplicáveis.
Confira as principais situações em que a negociação é possível:
- Débitos confessados: valores declarados, mas não pagos, podem ser negociados com base na Lei nº 13.988/2020;
- Dívidas inscritas: créditos em fase de execução fiscal, sujeitos à cobrança pela PGFN;
- Casos com denúncia espontânea: quando o contribuinte reconhece o débito antes de autuação formal;
- Processos com risco penal: situações em que o pagamento do tributo pode influenciar na extinção da punibilidade.
A identificação do momento certo para propor a negociação faz diferença no resultado. O advogado atua para enquadrar o caso na modalidade adequada e garantir que a proposta seja juridicamente viável.
Quais cuidados devem ser tomados na negociação?
A negociação exige atenção a detalhes legais, financeiros e probatórios. A omissão de informações ou o uso de dados imprecisos pode inviabilizar o acordo e gerar responsabilização penal ou administrativa.
Veja alguns dos cuidados que devem ser tomados:
- Análise documental: conferência de autos de infração, relatórios contábeis e extratos da dívida ativa;
- Estratégia jurídica: definição do melhor momento para a proposta e escolha da modalidade de transação;
- Alinhamento com a PGFN: apresentação de provas de boa-fé e capacidade de pagamento;
- Monitoramento processual: acompanhamento constante de prazos e exigências legais.
A preparação cuidadosa da negociação garante transparência e reduz riscos de impugnações. Além disso, reforça a demonstração de boa-fé, fator valorizado pela administração pública e pelos tribunais.
Quais modalidades de transação podem ser aplicadas?
As modalidades de transação previstas na legislação são adaptadas conforme o tipo de débito e a situação econômica do contribuinte. A escolha correta é essencial para equilibrar descontos, prazos e garantias.
A seguir uma tabela comparativa, para simplificar a explicação:
| Modalidade | Características | Indicação prática |
| Por adesão | Regras fixas e prazos definidos por edital da PGFN | Débitos de menor valor e sem discussão judicial |
| Individual | Acordo personalizado, analisado caso a caso | Passivos complexos ou de alto valor |
| Judicial-litigiosa | Transações com base em processos em andamento | Casos com risco jurídico relevante para ambas as partes |
A modalidade deve refletir a realidade financeira do contribuinte e demonstrar o interesse público em manter a atividade. A assessoria técnica ajusta a proposta conforme o perfil do débito e os limites legais definidos pela PGFN.
Quais estratégias aumentam as chances de sucesso na negociação?
O êxito na negociação de débitos com indícios de sonegação depende de planejamento técnico, documentação sólida e coerência entre proposta e realidade financeira.
Aplicar métodos estruturados aumenta a credibilidade perante a PGFN e fortalece a defesa jurídica do contribuinte. Observe algumas das estratégias adotadas:
- Diagnóstico fiscal: levantamento completo das dívidas, autuações e histórico de parcelamentos;
- Planejamento financeiro: construção de cronograma de pagamentos viável e fundamentado em dados contábeis;
- Fundamentação legal: uso de precedentes do STF, STJ e atos normativos da PGFN para sustentar a proposta;
- Transparência documental: apresentação de relatórios e laudos que demonstrem boa-fé e capacidade de pagamento.
Essas estratégias demonstram comprometimento com a regularização e favorecem o deferimento da transação. A atuação do advogado assegura que cada elemento técnico e jurídico da proposta esteja em conformidade com as exigências legais.
Quais erros o contribuinte deve evitar?
Durante a negociação, alguns erros são recorrentes e podem comprometer todo o processo. A prevenção é a melhor estratégia para garantir que a proposta seja aceita e mantida pela PGFN.
Entre os erros mais comuns, encontra-se:
- Desconsiderar o histórico fiscal: ignorar débitos antigos que influenciam a análise da proposta;
- Propor valores incompatíveis: apresentar plano de pagamento sem base em dados financeiros;
- Negligenciar obrigações acessórias: deixar de cumprir exigências durante o trâmite do acordo;
- Agir sem orientação técnica: tentar fazer negócios sem suporte jurídico especializado.
Agir sem orientação técnica pode gerar sérias consequências, como sanções administrativas e judiciais. O STJ, em decisão recente, manteve a dissolução de uma empresa por sonegação fiscal, reforçando a importância da transparência e conformidade.
O acompanhamento de um advogado tributarista evita que esses erros inviabilizem a regularização. A defesa técnica assegura coerência documental, reduz riscos e garante segurança jurídica durante todo o processo de negociação.
Por que o advogado é essencial na negociação de sonegação de impostos?
Contar com um advogado em casos de negociação de sonegação de impostos é fundamental para conduzir o processo com segurança e transparência. O profissional avalia riscos, define estratégias e garante que todos os atos respeitem as normas fiscais e penais.
A atuação técnica envolve análise de documentos e construção de provas que sustentem a boa-fé do contribuinte. O advogado também assegura que a proposta de regularização seja coerente e compatível com a real capacidade de pagamento.
Entre as principais funções desempenhadas estão:
- Interpretação jurídica: definição da melhor estratégia de defesa;
- Negociação com o Fisco: busca de condições favoráveis e justas;
- Gestão de riscos penais: prevenção de responsabilização indevida;
- Acompanhamento processual: supervisão de todas as etapas até o acordo.
Um caso recente exemplifica essa importância: um empresário paulista conseguiu reverter uma autuação por sonegação após atuação jurídica estratégica, que uniu negociação fiscal, transparência e sustentabilidade financeira para preservar sua empresa.
A presença do advogado garante que a negociação de sonegação de impostos ocorra de forma ética, técnica e estratégica. Essa atuação profissional preserva direitos, reduz riscos e contribui para uma solução fiscal estável e juridicamente segura ao contribuinte.
Como o escritório Galvão & Silva Advocacia pode te auxiliar na negociação?
O escritório Galvão & Silva Advocacia atua com precisão e transparência na defesa de contribuintes envolvidos em sonegação ou inadimplência fiscal. Nossa equipe identifica irregularidades e orienta na escolha da melhor modalidade de transação tributária dentro das áreas de atuação.
Acompanhamos todo o processo administrativo e judicial, assegurando que cada etapa da negociação siga as normas da PGFN e os entendimentos do STF e do STJ. Essa atuação integrada reduz riscos e reforça a segurança jurídica do contribuinte.Se você enfrenta uma situação fiscal delicada ou busca regularizar débitos, entre em contato com nossa equipe. Analisaremos seu caso de forma individualizada, propondo uma solução eficaz, legal e alinhada ao interesse público.
Daniel Ângelo Luiz da Silva
Advogado sócio fundador do escritório Galvão & Silva Advocacia, formado pela Universidade Processus em Brasília inscrito na OAB/DF sob o número 54.608, professor, escritor e palestrante de diversos temas relacionado ao direito brasileiro.

Galvão & Silva Advocacia
Artigo revisado por advogados especialistas do escritório Galvão & Silva Advocacia. Inscrita no CNPJ 22.889.244/0001-00 e Registro OAB/DF 2609/15. Conheça nossos autores.














