Como demitir um funcionário por Justa Causa

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Como demitir um funcionário por Justa Causa

Publicado em: 24/01/2023

Atualizado em:

A demissão por justa causa ocorre quando o funcionário comete falta grave, como insubordinação ou mau comportamento. A legislação trabalhista regula os direitos e deveres de ambas as partes nesse processo.

A demissão por justa causa é um dos temas mais delicados no direito trabalhista, pois envolve a rescisão do contrato de trabalho sem o pagamento de determinadas verbas rescisórias. Esse tipo de desligamento só deve ser realizado quando o empregador possui motivos sólidos e bem documentados para comprovar a conduta inadequada do funcionário.

Entender como demitir um funcionário por justa causa de forma correta é essencial para evitar processos trabalhistas e garantir que a empresa esteja agindo conforme as diretrizes legais. Além disso, a decisão deve ser tomada com base em critérios objetivos, de forma a não gerar interpretações equivocadas ou alegações de abuso por parte do empregador.

Neste artigo, vamos abordar todos os aspectos práticos dessa modalidade de desligamento, explicando as principais razões que justificam a justa causa, como conduzir o processo corretamente e os cuidados que a empresa deve ter para evitar complicações jurídicas.

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O que é a demissão por justa causa?

Demitir um funcionário por justa causa significa encerrar o vínculo empregatício devido à prática de uma falta grave prevista na legislação trabalhista. Esse tipo de demissão retira do empregado o direito a algumas verbas rescisórias, como o aviso prévio e a multa de 40% do FGTS.

A decisão de demitir um funcionário por justa causa precisa estar amparada por provas claras e conduta incompatível com a continuidade da relação de trabalho. A empresa deve agir com rigor, respeitando o devido processo legal e evitando decisões precipitadas.

Além disso, ao demitir um funcionário por justa causa, o empregador deve formalizar a justificativa com base no artigo 482 da CLT. O correto enquadramento legal e a documentação adequada são essenciais para evitar contestações judiciais.

Motivos que justificam a justa causa

Como demitir um funcionário por justa causa exige rigor e comprovação de falta grave prevista na CLT (art. 482). A ação deve ser imediata à falta, sob pena de perdão tácito, proporcional à gravidade do ato. A empresa deve reunir provas robustas, como documentos, testemunhas ou evidências concretas da conduta inadequada.

Para saber como demitir um funcionário por justa causa de forma segura, é crucial detalhar no termo de rescisão o motivo da dispensa, com a descrição clara da falta cometida e o dispositivo legal correspondente. A comunicação deve ser formal e inequívoca, garantindo que o empregado tenha ciência das razões da demissão.

O processo de como demitir um funcionário por justa causa demanda cautela para evitar futuras contestações judiciais. Consultar um advogado trabalhista é fundamental para assegurar que todos os procedimentos legais sejam cumpridos, protegendo a empresa de possíveis passivos trabalhistas decorrentes de uma demissão inadequada.

Passo a passo para realizar a demissão por justa causa

Para saber como demitir um funcionário por justa causa corretamente, é importante entender que o primeiro passo é reunir provas concretas da falta cometida. Documentos, e-mails, testemunhas ou registros internos são fundamentais para sustentar a decisão de forma segura.

Em seguida, a empresa deve comunicar formalmente o colaborador, detalhando o motivo da dispensa. Esse aviso, preferencialmente por escrito, deve ser claro e objetivo, evitando interpretações equivocadas ou futuras contestações.

Ao demitir um funcionário por justa causa, é essencial registrar a decisão na carteira de trabalho e quitar verbas como saldo de salário e férias vencidas. Esse cuidado assegura conformidade legal e reduz o risco de ações trabalhistas.

Cuidados para evitar problemas jurídicos

Para saber como demitir um funcionário por justa causa sem gerar riscos jurídicos, é fundamental cumprir todos os requisitos legais e formais. A falta de provas ou de procedimentos corretos pode transformar a demissão em uma ação trabalhista, com prejuízos financeiros e de imagem para a empresa.

Um dos principais cuidados em como demitir um funcionário por justa causa é manter um histórico detalhado de condutas, incluindo advertências e suspensões. Esse registro mostra que a empresa tentou resolver a situação antes da demissão, reforçando a proporcionalidade da medida aplicada.

Outro ponto importante é conduzir o desligamento com ética e respeito. Ao demitir um funcionário por justa causa, evite constrangimentos públicos ou comunicações agressivas. A forma como o processo é conduzido pode ser usada pelo colaborador como argumento em uma ação por danos morais.

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Quais direitos o funcionário demitido por justa causa mantém?

Mesmo perdendo alguns benefícios rescisórios, o funcionário desligado por justa causa ainda tem direito a determinados pagamentos. Um deles é o saldo de salário referente aos dias trabalhados no mês da demissão.

Outro direito mantido é o pagamento das férias vencidas, caso o colaborador já tenha completado o período aquisitivo. O empregador também deve garantir a entrega da rescisão dentro do prazo legal, para evitar multas e outras penalidades.

Por outro lado, o trabalhador perde o direito ao aviso prévio, à multa de 40% sobre o FGTS e ao saque dos valores depositados no fundo, além de não poder solicitar o seguro-desemprego.

Quando buscar assessoria jurídica?

Como demitir um funcionário por justa causa pode ser um processo complexo, especialmente se houver resistência ou contestação por parte do colaborador. Por isso, contar com uma assessoria jurídica especializada é uma estratégia fundamental.

Os advogados trabalhistas podem auxiliar na correta documentação das infrações, garantindo que a empresa tenha respaldo caso o desligamento seja questionado na Justiça. Além disso, um profissional especializado em como demitir um funcionário por justa causa pode orientar sobre as melhores práticas para evitar processos.

Caso a empresa enfrente uma ação trabalhista após a demissão, contar com uma defesa bem estruturada pode fazer a diferença no desfecho do caso. O suporte jurídico ajuda a comprovar a legalidade da decisão e a minimizar prejuízos financeiros.

O funcionário pode recorrer da demissão por justa causa?

Sim, ele pode ingressar com uma ação na Justiça do Trabalho para questionar os motivos da dispensa, sendo o prazo para essa ação de até dois anos após a rescisão do contrato de trabalho.

Quais verbas rescisórias são pagas na justa causa?

Na demissão por justa causa, o empregado recebe apenas saldo de salário dos dias trabalhados no mês da dispensa e férias vencidas, se houver, com o adicional de 1/3. Não há pagamento de aviso prévio, 13º proporcional, multa do FGTS nem saque do fundo.

Como a empresa comprova uma justa causa?

A empresa comprova a justa causa por meio de documentos, advertências formais, suspensões anteriores, testemunhas, registros internos e qualquer prova que evidencie a falta grave cometida pelo empregado. Tudo deve estar bem documentado e datado.

A justa causa pode ser revertida na Justiça?

Sim. Caso a empresa não comprove de forma clara e consistente a falta grave que motivou a demissão, a Justiça do Trabalho pode reverter a justa causa para demissão sem justa causa, obrigando o pagamento das verbas rescisórias integrais ao empregado.

O funcionário demitido por justa causa pode sacar o FGTS?

Não. Ao ser demitido por justa causa, o funcionário perde o direito de sacar o saldo do FGTS e também não recebe a multa de 40% sobre os depósitos realizados pelo empregador durante o contrato de trabalho.

Precisando de um Advogado Especialista em sua causa?Somos o escritório certo para te atender.

Conclusão

Diante do exposto, verifica-se que o tema em questão possui grande importância no âmbito trabalhista, uma vez que impacta diretamente a efetivação de direitos e a estabilidade das relações entre empregado e empregador. A interpretação conjunta das normas trabalhistas e das boas práticas empresariais demonstra a necessidade de uma atuação profissional qualificada para prevenir riscos legais e garantir a correta aplicação das regras.

Dessa forma, pelos diversos motivos apresentados, torna-se evidente que é indispensável contar com a ajuda de um profissional especializado. Nós, do escritório Galvão & Silva Advocacia, possuímos uma equipe altamente capacitada e pronta para te auxiliar em todas as questões trabalhistas. Entre em contato conosco hoje mesmo e agende sua consultoria.

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Dra. Polyane Christine Ferreira Leal
Autor
Dra. Polyane Christine Ferreira Leal

Advogada formada pela Estácio de Sá, inscrita na OAB/DF sob o número 46.864, com especialização em Direito Civil, Processo Civil, trabalhista e Direito Público. Atua nas áreas de Direito Civil, Controladoria Jurídica, Direito Administrativo, trabalhista e Direito Condominial.

Galvão & Silva Advocacia
Revisor
Galvão & Silva Advocacia

Artigo revisado por advogados especialistas do escritório Galvão & Silva Advocacia. Inscrita no CNPJ 22.889.244/0001-00 e Registro OAB/DF 2609/15. Conheça nossos autores.

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