
Publicado em: 06/09/2023
Atualizado em:
Prisão preventiva e prisão provisória são medidas cautelares aplicadas antes da sentença definitiva. Enquanto a prisão preventiva busca garantir a ordem pública e o andamento do processo, a prisão provisória abrange todas as prisões ocorridas antes da decisão final.
A diferença entre prisão preventiva e prisão provisória é uma das dúvidas mais recorrentes no direito penal. Ambas envolvem restrição de liberdade antes da condenação definitiva, mas possuem naturezas e finalidades distintas.
Compreender suas diferenças é essencial para garantir que o processo penal preserve o equilíbrio entre a segurança da sociedade e o respeito às garantias constitucionais, especialmente o princípio da presunção de inocência.
O que diferencia a prisão preventiva da prisão provisória?
A prisão preventiva é uma medida cautelar decretada por juiz quando há indícios suficientes de autoria e materialidade, além de risco concreto à ordem pública, à instrução processual ou à aplicação da lei penal.
A prisão provisória, por sua vez, é um conceito mais amplo que engloba todas as modalidades de custódia antes da sentença definitiva: prisão preventiva, temporária e em flagrante.
Segundo o Superior Tribunal de Justiça (STJ), a prisão preventiva deve ser utilizada apenas em caráter excepcional, quando outras medidas cautelares alternativas, previstas no artigo 319 do Código de Processo Penal, se mostrarem inadequadas.
Quais são os objetivos da prisão preventiva e da prisão provisória?
Essas medidas têm finalidades semelhantes, voltadas à proteção do processo penal e da sociedade. No entanto, sua aplicação requer fundamentação individualizada e proporcionalidade.
- Preservar a ordem pública e a segurança coletiva, evitando que o investigado volte a praticar delitos ou cause perturbações sociais;
- Assegurar a lisura da investigação, impedindo destruição de provas, intimidação de testemunhas ou interferência no curso do processo;
- Garantir a efetividade da lei penal, prevenindo riscos de fuga e assegurando que o acusado compareça a todos os atos processuais;
- Resguardar a credibilidade da Justiça, demonstrando que o Estado atua com equilíbrio e rigor na proteção dos direitos e da ordem jurídica.
Com base nesses objetivos, a privação temporária da liberdade deve sempre ser uma exceção, jamais uma antecipação de pena, conforme entendimento consolidado do Supremo Tribunal Federal (STF).
Quais critérios o juiz considera ao decretar essas prisões?
A decisão judicial que determina a prisão preventiva ou provisória deve ser rigorosamente fundamentada, apresentando elementos concretos que justifiquem a medida. É indispensável que o juiz comprove a real necessidade da restrição de liberdade.
| Critério analisado | O que o juiz avalia | Finalidade jurídica |
| Gravidade do crime | Natureza e impacto social da conduta | Avaliar risco à ordem pública |
| Risco de fuga | Recursos e comportamento do acusado | Garantir aplicação da lei penal |
| Influência processual | Possibilidade de coagir testemunhas ou ocultar provas | Assegurar integridade da instrução processual |
| Reincidência e histórico criminal | Condutas anteriores e padrão de comportamento | Prevenir novas infrações |
| Periculosidade social | Risco que o acusado representa à sociedade | Proteger vítimas e coletividade |
Esses critérios devem estar expressos na decisão judicial. O STJ reforça que fundamentações genéricas, sem indicação de fatos concretos, tornam a prisão ilegal e passível de revogação.
A prisão preventiva e provisória afetam a presunção de inocência?
A decretação de uma prisão cautelar deve respeitar limites constitucionais e só é admitida em situações excepcionais. Essas medidas não podem ser usadas como punição antecipada, mas como instrumento de garantia da ordem jurídica e processual.
- Limitam o direito de liberdade antes da condenação definitiva, sendo aplicadas apenas quando estritamente necessárias;
- Devem ser fundamentadas de forma clara e individualizada, com demonstração concreta dos motivos que justificam a medida;
- Encontram respaldo no artigo 5º, inciso LVII, da Constituição Federal, que consagra a presunção de inocência como princípio basilar do processo penal;
- São objeto de constante controle judicial, devendo ser revisadas periodicamente para evitar abusos e assegurar a proporcionalidade.
Esses critérios reforçam que a prisão preventiva e provisória devem ser exceções, nunca a regra. O respeito a esses limites garante equilíbrio entre a efetividade da Justiça e a proteção dos direitos individuais.
Como essas prisões interferem no direito de defesa do acusado?
A restrição da liberdade durante o processo penal pode comprometer o pleno exercício do direito de defesa, tornando indispensável a presença de um advogado criminalista experiente. A atuação técnica é o que assegura equilíbrio entre a acusação e a garantia constitucional do contraditório.
- Dificulta o acesso do acusado ao advogado, limitando a comunicação e o acompanhamento adequado da estratégia de defesa;
- Prejudica a coleta de provas e a localização de testemunhas, enfraquecendo a produção de elementos essenciais ao processo;
- Gera abalo emocional e psicológico, reduzindo a capacidade de concentração e prejudicando o relato preciso dos fatos;
- Restringe a participação ativa em audiências e diligências, comprometendo a autodefesa e a colaboração com o defensor.
O acompanhamento jurídico especializado garante que o acusado tenha seus direitos preservados, assegurando resposta imediata a abusos ou ilegalidades e fortalecendo a condução ética e técnica da defesa.
Revogação de prisão preventiva indevida defendida juridicamente
Em um caso acompanhado pelo escritório Galvão & Silva Advocacia, um empresário foi preso preventivamente sob o argumento de risco à instrução processual. Após exame detalhado dos autos, a equipe constatou ausência de fundamentos concretos para a medida.
A equipe jurídica do escritório ingressou com habeas corpus, fundamentado em precedentes do STF e STJ, demonstrando que não havia qualquer indício de fuga ou interferência no processo. O tribunal reconheceu o excesso e revogou a prisão.
A atuação técnica e estratégica do escritório restabeleceu a liberdade do cliente, reforçando o papel essencial da advocacia na defesa das garantias constitucionais e no controle de abusos estatais.
Como o escritório Galvão & Silva Advocacia pode te ajudar em casos de prisão preventiva e prisão provisória?
O escritório Galvão & Silva Advocacia é reconhecido por sua atuação técnica e estratégica na defesa de acusados submetidos a medidas cautelares. Cada caso é tratado com atenção individualizada, sempre pautado pela proteção da liberdade e pelo respeito às garantias constitucionais.
A equipe realiza uma análise minuciosa das decisões judiciais, identificando falhas, excessos ou ausência de fundamentos concretos. Com base nisso, elaboramos estratégias específicas para requerer a revogação ou substituição da prisão.
Contar com um advogado especializado é essencial para garantir que seus direitos sejam plenamente preservados e que o processo siga de forma justa e equilibrada. Entre em contato e tenha ao seu lado uma defesa técnica, humana e comprometida com a justiça.


Galvão & Silva Advocacia
Artigo revisado por advogados especialistas do escritório Galvão & Silva Advocacia. Inscrita no CNPJ 22.889.244/0001-00 e Registro OAB/DF 2609/15. Conheça nossos autores.
















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