
Publicado em: 06/10/2025
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O erro cirúrgico em reconstituição mamária ocorre quando há falha técnica ou negligência médica que compromete a saúde, a estética ou a funcionalidade do procedimento, gerando direito à reparação moral e material.
A reconstituição mamária é um procedimento de grande relevância para mulheres submetidas a mastectomia. No entanto, quando há falhas médicas, o impacto físico e psicológico pode ser devastador, exigindo respostas rápidas e assertivas no campo jurídico.
Nesse contexto, o papel do advogado especialista é essencial para avaliar laudos médicos, conduzir perícias e buscar a responsabilização adequada. Além da reparação financeira, muitas vezes o que está em jogo é a dignidade e a qualidade de vida da paciente.
Principais falhas que caracterizam erro em reconstituição mamária
O erro cirúrgico pode ser caracterizado por condutas como imperícia, negligência ou imprudência. Entre os exemplos mais comuns estão o uso inadequado de próteses, falha em seguir protocolos médicos, ausência de consentimento informado ou sequelas que poderiam ter sido evitadas.
No Brasil, a responsabilidade civil do médico é apurada com base no Código Civil (arts. 186 e 927) e no Código de Defesa do Consumidor (art. 14). Além disso, o Supremo Tribunal Federal já reforçou que o direito à saúde se relaciona diretamente à dignidade da pessoa humana (CF, art. 1º, III).
Programas nacionais também destacam a relevância da reconstituição mamária no cuidado à saúde da mulher, reconhecendo sua importância para a recuperação física e emocional da paciente. Em casos de dano estético irreversível, o Judiciário costuma fixar indenizações significativas.
Direitos da paciente diante do erro médico
Quando comprovado o erro, a paciente tem direito de buscar indenização por danos materiais, morais e estéticos. Entre os principais pontos que podem ser pleiteados estão:
- Custos com novas cirurgias reparadoras;
- Ressarcimento de despesas médicas e medicamentos;
- Compensação por abalo psicológico e constrangimento social;
- Indenização por danos estéticos permanentes.
Além disso, políticas públicas e recentes iniciativas de saúde têm reforçado o acesso à cirurgia reparadora da mama, tanto pelo SUS quanto pelos planos de saúde, o que amplia a proteção da paciente em casos de erro médico.
A Súmula 387 do STJ reconhece a possibilidade de cumulação de indenizações por dano material, moral e estético, reforçando a amplitude da proteção jurídica nesses casos.
Tipos de danos em erro cirúrgico e suas consequências jurídicas
Em um erro de reconstituição mamária, a paciente pode sofrer diferentes tipos de danos, cada um com repercussões jurídicas próprias. A legislação brasileira permite que essas indenizações sejam cumuladas, garantindo reparação integral.
Confira abaixo os principais tipos de danos e suas consequências na esfera judicial:
Tipo de Dano | Exemplo prático | Base legal |
Dano Material | Custos com nova cirurgia, medicamentos e tratamentos complementares | Código Civil, arts. 186 e 927 |
Dano Moral | Abalo psicológico, perda da autoestima, sofrimento emocional | CF, art. 5º, V e X |
Dano Estético | Cicatrizes graves, assimetria mamária, deformidade visível | Súmula 387 STF |
Essa diferenciação é fundamental, pois cada tipo de dano exige uma análise específica do juiz, mas, quando comprovados, podem ser acumulados em uma única condenação. Assim, a paciente tem maior garantia de uma reparação justa e proporcional ao seu sofrimento.
Como ocorre a comprovação do erro cirúrgico?
A comprovação exige perícia médica, análise de prontuários e oitiva de especialistas. Em muitos casos, o contraditório e a ampla defesa são essenciais para assegurar que a verdade dos fatos seja estabelecida.
O Tribunal Superior do Trabalho já firmou entendimento de que a prova pericial tem valor determinante em demandas relacionadas à saúde e segurança do trabalhador, o que por analogia reforça a importância da perícia em casos de erro médico.
Portanto, a atuação jurídica deve estar alinhada ao suporte técnico de profissionais de saúde habilitados, garantindo robustez ao processo.
Consequências jurídicas e indenizatórias do erro cirúrgico
As consequências podem variar de acordo com a gravidade do dano e as condições da vítima. Em geral, incluem:
- Responsabilização civil do médico ou hospital;
- Dever de indenizar por danos morais, materiais e estéticos;
- Possibilidade de responsabilização criminal em casos de lesão corporal grave;
- Responsabilidade administrativa junto a conselhos profissionais.
Essas medidas buscam não apenas compensar a vítima, mas também reforçar a segurança e a ética na prática médica.
Justiça reconhece indenização por erro em reconstituição mamária
Uma paciente procurou o escritório após sofrer complicações graves em uma cirurgia de reconstituição mamária. O procedimento resultou em sequelas físicas e emocionais que afetaram sua autoestima e qualidade de vida. A busca era por justiça e reparação integral.
A equipe do escritório Galvão & Silva Advocacia reuniu provas médicas, laudos periciais e testemunhos técnicos que comprovaram a falha cirúrgica. Casos semelhantes já foram analisados pelos tribunais, que têm reconhecido o direito das pacientes à reparação integral, reforçando a segurança jurídica nesse tipo de demanda.
O resultado foi uma decisão favorável, garantindo reparação financeira e o custeio de novas cirurgias reparadoras. Mais do que o valor indenizatório, a atuação do escritório proporcionou à cliente a possibilidade de retomar sua vida com dignidade e segurança
Como o escritório Galvão & Silva Advocacia pode ajudar em casos de erro cirúrgico?
No escritório Galvão & Silva Advocacia, entendemos que um erro em reconstituição mamária compromete a saúde e a autoestima da paciente. Por isso, atuamos com seriedade e atenção, sempre em busca de soluções jurídicas eficazes.
Nossa equipe analisa prontuários, laudos e pareceres técnicos para formar uma defesa sólida. O foco é responsabilizar os envolvidos e garantir reparação justa, em sintonia com nossas diversas áreas de atuação.
Também prezamos por atendimento humanizado e transparente em todas as etapas. Se você enfrentou complicações em cirurgia reparadora, entre em contato e conte com nosso suporte jurídico para proteger sua dignidade.

Daniel Ângelo Luiz da Silva
Advogado sócio fundador do escritório Galvão & Silva Advocacia, formado pela Universidade Processus em Brasília inscrito na OAB/DF sob o número 54.608, professor, escritor e palestrante de diversos temas relacionado ao direito brasileiro.

Galvão & Silva Advocacia
Artigo revisado por advogados especialistas do escritório Galvão & Silva Advocacia. Inscrita no CNPJ 22.889.244/0001-00 e Registro OAB/DF 2609/15. Conheça nossos autores.