
Publicado em: 15/09/2025
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A homologação de decisão arbitral estrangeira é o processo realizado pelo STJ para que uma sentença arbitral feita fora do Brasil seja reconhecida e produza efeitos jurídicos no país.
Vivemos em um cenário globalizado em que contratos e negócios ultrapassam fronteiras. Disputas jurídicas internacionais muitas vezes são resolvidas por arbitragem fora do país, mas para que a decisão produza efeitos no Brasil é necessário o processo de homologação no STJ.
Sem esse reconhecimento, não há como exigir judicialmente valores ou obrigações, logo, neste artigo, você vai entender como funciona a homologação de decisão arbitral estrangeira, quais são seus requisitos, riscos de não realizá-la e a importância do acompanhamento de um advogado de direito internacional.
Preciso executar uma decisão arbitral estrangeira no Brasil, e agora?
Quem possui uma sentença arbitral feita em outro país precisa da homologação pelo Superior Tribunal de Justiça para que ela tenha validade no Brasil. Sem esse reconhecimento, não é possível cobrar valores, exigir entrega de bens ou garantir o cumprimento do que foi decidido.
Esse procedimento segue regras específicas previstas na Lei nº 9.307/1996 (Lei de Arbitragem), podendo gerar insegurança para quem não conhece os pequenos detalhes envolvidos. Além disso, falhas formais na documentação podem atrasar ou até impedir a homologação.
Diante disso, contar com orientação jurídica é essencial para evitar riscos de perda de tempo e recursos. Um advogado especializado auxilia na organização dos documentos e na defesa da parte interessada.
Como funciona o procedimento de homologação no STJ?
O pedido de homologação segue uma ordem de análise dentro do STJ. De forma resumida, os passos são:
- Protocolo da ação de homologação com os documentos exigidos;
- Exame preliminar da regularidade formal;
- Possibilidade de manifestação da parte contrária;
- Análise de mérito pelos ministros do STJ;
- Decisão final de homologação ou recusa.
Apesar de parecer um fluxo linear, cada fase pode trazer obstáculos, uma contestação da parte contrária ou um detalhe documental pode mudar o rumo do processo. Um advogado experiente, e que sabe conduzir cada fase da homologação, garante que os documentos estejam adequados e que a defesa atue de forma completa e eficiente.
Quais documentos são exigidos pelo STJ para homologar?
O STJ exige uma série de documentos para avaliar a homologação. Entre os principais estão:
- Cópia autenticada da sentença arbitral estrangeira;
- Prova de que a sentença é definitiva no país de origem;
- Tradução juramentada para o português;
- Procuração de advogado habilitado no Brasil;
- Entre outros.
A falta desses itens pode inviabilizar a homologação. A Súmula 420 do STF é clara ao afirmar: “não se homologa sentença proferida no estrangeiro sem prova do trânsito em julgado”. Com apoio jurídico especializado, a parte interessada organiza os requisitos de forma eficiente e reduz riscos.
Quais são os impactos de não homologar uma decisão arbitral estrangeira?
Sem a homologação, a decisão arbitral estrangeira não pode ser executada no Brasil. Isso significa que:
- Valores devidos não poderão ser cobrados judicialmente;
- Bens não poderão ser requisitados;
- Direitos não serão protegidos perante a Justiça brasileira.
Essa limitação pode gerar grandes prejuízos financeiros e contratuais, especialmente em disputas internacionais de alto valor.
A homologação é, portanto, o caminho obrigatório para transformar uma decisão arbitral estrangeira em algo exigível no Brasil. A atuação de um advogado garante que o processo seja conduzido de forma estratégica, evitando perdas irreparáveis.
Quais vantagens a homologação traz para empresas e pessoas físicas?
Para empresas e pessoas físicas envolvidas em disputas internacionais, a homologação assegura:
- Reconhecimento formal da decisão no Brasil;
- Possibilidade de execução judicial;
- Garantia de segurança jurídica;
- Proteção contra manobras que tentarem desrespeitar a sentença.
Esses benefícios demonstram como a homologação é indispensável para dar efetividade às decisões arbitrais em território nacional.
Ter um advogado especializado nessa área aumenta a tranquilidade do cliente, reduz riscos e amplia as chances de êxito no procedimento.
Como é a homologação de decisão arbitral estrangeira em contratos empresariais?
Nos contratos empresariais internacionais, as disputas envolvem valores elevados, cumprimento de cláusulas contratuais e até proteção de ativos estratégicos. Quando a arbitragem ocorre fora do Brasil, a sentença precisa ser homologada pelo STJ para produzir efeitos aqui. Sem essa etapa, a decisão fica restrita ao país onde foi proferida.
A homologação é especialmente relevante porque contratos empresariais muitas vezes envolvem:
- investimentos estrangeiros e financiamentos internacionais;
- disputas societárias e responsabilidades entre sócios;
- fornecimento de bens e serviços em grande escala.
Nesses casos, qualquer atraso ou negativa na homologação pode representar prejuízos milionários. Por isso, contar com um advogado especializado garante que a empresa tenha segurança jurídica e fortaleça sua posição em negociações e disputas internacionais.
Como a Galvão & Silva pode te ajudar na homologação de decisão arbitral estrangeira?
A homologação de decisão arbitral estrangeira exige conhecimento técnico e domínio das normas nacionais e internacionais. Nosso escritório atua há anos em processos perante o Superior Tribunal de Justiça, conduzindo com excelência casos complexos de arbitragem internacional e homologação de sentenças.
A equipe do escritório Galvão & Silva combina experiência prática e atuação estratégica, garantindo que cada etapa seja conduzida com segurança e precisão. Desde a análise documental até a defesa em eventual contestação, oferecemos suporte completo para empresas e pessoas físicas.
Contar com a assessoria de profissionais especializados é decisivo para evitar indeferimentos, atrasos e perdas financeiras. Ao escolher um escritório de referência em direito internacional e arbitragem, você assegura que seus direitos sejam reconhecidos e protegidos com o mais alto nível de comprometimento

Daniel Ângelo Luiz da Silva
Advogado sócio fundador do escritório Galvão & Silva Advocacia, formado pela Universidade Processus em Brasília inscrito na OAB/DF sob o número 54.608, professor, escritor e palestrante de diversos temas relacionado ao direito brasileiro.
Galvão & Silva Advocacia
Artigo revisado por advogados especialistas do escritório Galvão & Silva Advocacia. Inscrita no CNPJ 22.889.244/0001-00 e Registro OAB/DF 2609/15. Conheça nossos autores.