
Publicado em: 15/09/2025
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Documentos para a homologação de sentença estrangeira são os registros formais exigidos pelo STJ para validar uma decisão obtida no exterior, garantindo sua eficácia jurídica e permitindo a execução de direitos e obrigações.
Quando uma decisão judicial é proferida fora do Brasil e precisa produzir efeitos em território nacional, o caminho é a homologação de sentença estrangeira no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Esse procedimento técnico requer atenção rigorosa aos documentos apresentados.
Quais documentos são exigidos para a homologação?
O STJ, com base no artigo 260 do do CPC, exige a apresentação de um conjunto documental padronizado para que a homologação seja aceita. Esses documentos variam conforme o caso, mas seguem requisitos legais e regimentais:
- Cópia integral da decisão estrangeira com assinatura da autoridade competente;
- Prova do trânsito em julgado no país de origem;
- Tradução juramentada feita no Brasil;
- Documentos pessoais das partes envolvidas;
- Comprovação de representação por advogado regularmente inscrito na OAB.
Cada um desses elementos desempenha papel essencial para a regularidade do pedido, evitando falhas que possam comprometer a análise. Buscar acompanhamento jurídico nesse momento garante maior segurança em cada etapa do processo.
O que acontece se houver falha documental?
Falhas na documentação podem impedir a análise do mérito do pedido. Entre os principais problemas estão traduções incompletas, ausência de legalização consular ou falta de comprovação de trânsito em julgado. O STJ tem precedentes firmes no sentido de não admitir pedidos mal instruídos.
Um processo paralisado por falhas documentais pode resultar em demora significativa e até perda de oportunidades, como a impossibilidade de cobrar valores ou regularizar conjunturas. A atuação de um advogado com experiência na área é o que permite antecipar problemas e apresentar soluções antes que o pedido seja comprometido.
Quais cuidados adicionais podem ser tomados?
Além dos documentos indispensáveis para a homologação, é previsto no artigo 963 do CPC (Lei nº 13.105/2015) alguns cuidados complementares que podem fortalecer a solicitação. A atenção a esses pontos auxilia na prevenção de falhas formais e assegura maior consistência ao pedido apresentado ao STJ.
Alguns dos pontos para dar atenção são:
- Verificar previamente se a sentença não afronta a ordem pública brasileira;
- Confirmar se todas as partes foram citadas no processo estrangeiro;
- Preparar certidões e comprovantes complementares;
- Assegurar que os documentos estejam atualizados e sem inconsistências.
- Garantir que os documentos estão com tradução oficial.
Essas práticas aumentam a robustez do pedido e reduzem a chance de exigências adicionais pelo tribunal. Ao contar com o apoio de um advogado, o requerente garante que todos esses cuidados sejam aplicados, por inteiro, de forma estratégica, ampliando o sucesso no processo.
Identifiquei falhas na documentação: como corrigir?
Em muitos casos, o STJ identifica falhas na documentação apresentada e concede prazo, normalmente de 15 dias dias, para que o interessado faça os ajustes necessários. Esse momento é uma oportunidade valiosa para evitar o indeferimento, mas exige rapidez e técnica na regularização.
A correção pode incluir a apresentação de nova tradução juramentada, documentos adicionais ou a comprovação de trânsito em julgado devidamente certificado. É importante que cada providência seja tomada de forma alinhada às exigências legais e regimentais, evitando que a irregularidade se repita.
Contar com um advogado experiente nesse estágio é fundamental, ele orienta sobre quais medidas adotar e garante que a resposta seja completa, aumentando significativamente as chances de êxito na homologação.
Quais documentos complementares podem ser úteis?
Além dos documentos obrigatórios previstos em lei, algumas provas adicionais podem reforçar a consistência do pedido de homologação de sentença estrangeira. Esses elementos não substituem os essenciais, mas agregam valor e segurança jurídica ao processo.
Os documentos em questão são:
- Certidões atualizadas emitidas por cartórios;
- Comprovantes de domicílio das partes;
- Declarações de autenticidade de documentos;
- Registros notariais que confirmem a regularidade dos atos.
Esses documentos fortalecem a credibilidade do pedido e podem ser decisivos para demonstrar transparência e lisura. A orientação de um advogado ajuda a identificar quais complementos realmente fazem sentido no contexto de cada caso.
Quais situações tornam a homologação mais complexa?
Alguns contextos específicos podem dificultar a homologação de sentença estrangeira. Em grande parte deles, a dificuldade está na forma como a documentação é apresentada, gerando confusão, retrabalho e até risco de indeferimento. Vejamos alguns casos:
- Processos de divórcio ou guarda internacional, em que traduções juramentadas apresentam termos divergentes;
- Ações empresariais envolvendo contratos, quando documentos originais são extensos e a autenticação consular é incompleta;
- Arbitragens internacionais, nas quais há múltiplos anexos e nem todos recebem tradução adequada;
- Sentenças estrangeiras sem prova clara de trânsito em julgado, levando à exigência de novas certidões;
- Casos familiares com repercussões patrimoniais, em que documentos pessoais estão desatualizados ou inconsistentes.
Essas falhas tornam o processo mais demorado e abrem espaço para exigências adicionais do tribunal. Com a atuação de um advogado especializado, é possível organizar previamente toda a documentação e reduzir significativamente os riscos de contratempos.
Como o escritório Galvão & Silva pode te ajudar na documentação para homologação?
A homologação de sentença estrangeira exige rigor documental, e qualquer falha pode atrasar ou até inviabilizar o pedido perante o STJ. O escritório Galvão & Silva Advocacia atua com precisão técnica na análise de cada requisito, assegurando que a documentação esteja completa e conforme a legislação aplicável.
Nossa equipe orienta desde a obtenção da decisão estrangeira até a tradução juramentada e a comprovação do trânsito em julgado. Também identificamos quando documentos complementares podem fortalecer o processo, prevenindo exigências adicionais e garantindo maior segurança jurídica.
Com a experiência do escritório Galvão & Silva Advocacia, cada detalhe documental é tratado de forma estratégica, o que aumenta as chances de homologação célere. Esse acompanhamento especializado transforma um procedimento complexo em um processo seguro, eficiente e tecnicamente sólido.

Daniel Ângelo Luiz da Silva
Advogado sócio fundador do escritório Galvão & Silva Advocacia, formado pela Universidade Processus em Brasília inscrito na OAB/DF sob o número 54.608, professor, escritor e palestrante de diversos temas relacionado ao direito brasileiro.
Galvão & Silva Advocacia
Artigo revisado por advogados especialistas do escritório Galvão & Silva Advocacia. Inscrita no CNPJ 22.889.244/0001-00 e Registro OAB/DF 2609/15. Conheça nossos autores.