
Publicado em: 30/07/2025
Atualizado em:
A proteção de propriedade intelectual empresarial é a salvaguarda legal de criações como marcas, patentes, softwares e designs, evitando cópias e uso indevido por terceiros e proporcionando exclusividade, valor de mercado e segurança jurídica para o crescimento do negócio.
Empresas que investem em tecnologia, comunicação, produtos ou softwares estão constantemente expostas a eventuais cópias, fraudes e violações. Com o avanço da tecnologia, a proteção jurídica dos ativos intelectuais deixou de ser uma opção e se tornou uma necessidade estratégica.
Marcas, designs, algoritmos, slogans e metodologias fazem parte do patrimônio empresarial moderno. Quando não protegidos, esses ativos podem ser usados indevidamente por concorrentes, afetando a competitividade e a continuidade do negócio.
O escritório Galvão & Silva Advocacia atua com foco em blindagem de propriedade intelectual, orientando empresas de todos os portes a estruturarem sua proteção de forma eficaz, preventiva e alinhada à legislação brasileira.
Sem proteção intelectual, sua empresa pode perder seus ativos
A propriedade intelectual abrange marcas, patentes, softwares, direitos autorais e segredos comerciais. São elementos que geram valor, mas que precisam estar formalmente protegidos para terem validade jurídica e possibilitar ações em caso de violação.
Segundo o artigo 129 da Lei nº 9.279/1996, a propriedade da marca só é reconhecida com o registro expedido pelo INPI. O simples uso não é suficiente para garantir exclusividade, o que pode expor a empresa a perdas ou disputas legais.
“Art. 129. A propriedade da marca adquire-se pelo registro validamente expedido, conforme as disposições desta Lei, sendo assegurado ao titular seu uso exclusivo em todo o território nacional, observado quanto às marcas coletivas e de certificação o disposto nos arts. 147 e 148.”
Sem esse registro, o empresário corre o risco de ver sua marca sendo utilizada por terceiros e, pior, ser impedido de continuar usando a própria identidade visual. A proteção começa com o reconhecimento do valor desses ativos intangíveis.
Ideias sem proteção de propriedade intelectual podem virar lucro do concorrente
<destaque>A Lei de Direitos Autorais protege criações intelectuais expressas em forma concreta, como bases de dados, softwares, manuais e designs.</destaque> O artigo 7º da Lei nº 9.610/1998 reconhece como protegidas compilações e conteúdos organizados com criatividade.
“Art. 7º São obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível, conhecido ou que se invente no futuro. […]”
Empresas que desenvolvem soluções e não as registram podem ver suas ideias sendo copiadas e acabar perdendo os lucros para outros. O conceito, por si só, não é protegido: o que importa é sua expressão formal, com documentação e registro adequados.
A falta desse cuidado pode permitir que um concorrente use sua metodologia, lance produto similar e impeça judicialmente que você explore algo que originalmente criou. Proteção é sinônimo de domínio legal.
Sem registro de marca, sua empresa pode perder tudo
Um dos erros mais recorrentes no ambiente empresarial é deixar para depois o registro de marca. O nome do negócio, o logotipo, o slogan e até o domínio do site compõem um ativo jurídico de extrema relevância.
Segundo o INPI, também conhecido como Instituto Nacional da Propriedade Industrial, mais de 300 mil pedidos de registro de marca são feitos por ano no Brasil. Isso mostra que, se sua marca não estiver protegida, ela pode ser registrada por terceiros, e você será legalmente impedido de utilizá-la, mesmo que tenha sido o primeiro a usar no mercado.
O artigo 124, XIX, da Lei nº 9.279/1996 veda o registro de marca que reproduz, sem autorização, nome empresarial de terceiro. No entanto, para que essa proteção seja eficaz, é necessário que sua marca esteja previamente registrada.
“Art. 124. Não são registráveis como marca: […]
XIX – reprodução ou imitação, no todo ou em parte, ainda que com acréscimo, de marca alheia registrada, para distinguir ou certificar produto ou serviço idêntico, semelhante ou afim, suscetível de causar confusão ou associação com marca alheia; […]”
O risco não se limita à perda da marca: ele pode envolver processos, multas, obrigação de mudança de identidade visual e queda drástica de reconhecimento no mercado.
Como sua vantagem competitiva pode ser destruída em silêncio?
Algoritmos, listas de clientes, estratégias de marketing, sistemas e metodologias internas são exemplos de ativos confidenciais que, se expostos, podem ser usados por ex-funcionários ou concorrentes.
O artigo 195, XI, da Lei da Propriedade Industrial tipifica como crime de concorrência desleal a utilização de informações confidenciais obtidas em contexto empresarial. Esses dados, se não protegidos, tornam-se alvos fáceis.
Por isso, proteger esses dados com cláusulas de confidencialidade (NDAs), gestão de acesso interno e assessoria jurídica preventiva é essencial para manter a solidez competitiva da empresa.
A ausência de barreiras jurídicas adequadas transforma seu diferencial em uma vulnerabilidade invisível.
Quando o prejuízo vem com nome e sobrenome: o processo
Sem o devido registro, a empresa fica sem instrumentos para se defender em caso de uso indevido. Por outro lado, se for acusada de violação, e não tiver comprovação da originalidade ou titularidade, também fica exposta.
Litígios envolvendo marcas, softwares ou criações não protegidas são difíceis de vencer. Mesmo com provas de uso, a ausência de formalização reduz significativamente a chance de sucesso na Justiça.
É nesse cenário que a proteção prévia se mostra estratégica: ela evita o litígio e, se necessário, oferece base sólida para buscar reparação ou impedir a continuidade da violação.
Blindagem jurídica: como estruturar uma defesa eficaz e preventiva
Uma boa estratégia de blindagem de propriedade intelectual começa com a identificação dos ativos intangíveis. Isso inclui mapear criações originais, marcas, processos, bancos de dados e softwares desenvolvidos.
Em seguida, é necessário formalizar esses ativos por meio de registros no INPI, contratos de sigilo, cláusulas específicas em contratos trabalhistas e políticas internas de proteção.
Segundo o artigo 9º da Lei nº 9.609/1998, o direito de uso de programas de computador depende de licença expressa. Logo, o uso de softwares internos, mesmo que criados pela equipe, exige um contrato claro entre a empresa e os autores.
“Art. 9º O uso de programa de computador no País será objeto de contrato de licença.”
Investir em assessoria especializada evita falhas que podem comprometer toda a operação. A prevenção, nesse contexto, custa muito menos do que a reparação posterior.
Caso resolvido pelo escritório Galvão & Silva Advocacia
Uma empresa do setor de alimentos procurou o Galvão & Silva Advocacia após descobrir que seu antigo distribuidor havia registrado indevidamente o nome da marca junto ao INPI. A empresa utilizava o nome há anos, mas nunca havia formalizado o registro.
Com base em provas de uso contínuo e investimento publicitário, ingressamos com ação administrativa e judicial para anular o registro indevido. Após análise técnica e confronto de documentos, o INPI reconheceu a má-fé do registro.
A atuação estratégica do escritório resultou na recuperação da marca, preservação da identidade visual e proteção do faturamento da empresa. O caso reforça que, sem registro, até sua história pode ser apropriada.
Como o Galvão & Silva pode ajudar a proteger sua propriedade intelectual
O escritório Galvão & Silva Advocacia atua com enfoque estratégico na proteção de propriedade intelectual empresarial, oferecendo consultoria completa desde a análise de riscos até o registro de ativos e representação judicial.
Nossa equipe especializada elabora contratos personalizados, auxilia no registro de marcas e patentes e desenvolve programas internos de compliance relacionados à propriedade intelectual, adequados ao porte e setor da sua empresa.
Se sua empresa possui ativos que a diferenciam no mercado, como marca, software, metodologia ou base de clientes, entre em contato com o Galvão & Silva Advocacia. Estamos prontos para estruturar sua proteção com solidez, ética e foco em resultados.
Galvão & Silva Advocacia
Artigo escrito por advogados especialistas do escritório Galvão & Silva Advocacia. Inscrita no CNPJ 22.889.244/0001-00 e Registro OAB/DF 2609/15. Conheça nossos autores.