
Publicado em: 21/11/2025
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O que é COE? O Certificado de Operações Estruturadas é um investimento que combina renda fixa e variável, criado para diversificar a carteira e aumentar o potencial de retorno. Apesar da aparência segura, pode envolver riscos significativos e exige atenção ao perfil do investidor.
O COE foi regulamentado no Brasil em 2014, permitindo que investidores acessem estratégias de mercado mais sofisticadas por meio de um único produto. Ele é emitido por bancos e reúne características de renda fixa e variável, o que o torna atrativo para quem busca novas possibilidades de rendimento.
Entretanto, muitos investidores aplicam em COEs sem compreender totalmente suas condições e riscos. Embora o produto seja legítimo e possa ser vantajoso em certos contextos, sua estrutura complexa requer cuidado, principalmente com relação à clareza das informações fornecidas pelas instituições financeiras.
Como funciona o COE?
O COE é uma operação estruturada criada por um banco que une diferentes ativos, geralmente uma parcela de renda fixa e outra de renda variável. O resultado financeiro depende do desempenho dos ativos escolhidos e das condições previstas no contrato.
Em termos simples, parte do valor investido é aplicada em renda fixa, com o objetivo de proteger o capital, enquanto outra parte é destinada a ativos de maior risco, como ações, índices ou moedas estrangeiras. O rendimento final é calculado conforme a performance desses ativos ao longo do período.
O investimento possui prazo de vencimento definido e, na maioria dos casos, não permite resgate antecipado. Ao término, o investidor pode receber o capital integral, lucro ou prejuízo, dependendo do tipo de COE contratado e do comportamento do mercado.
Quais os tipos de COE e suas principais características?
Existem dois tipos principais de COE, diferenciados pela forma como o risco é tratado:
- COE de capital protegido: garante a devolução total do valor investido no vencimento, independentemente do desempenho dos ativos. É indicado para perfis conservadores que buscam segurança com algum potencial de ganho.
- COE de capital em risco: não assegura a devolução integral do capital. Se o ativo atrelado ao investimento tiver desempenho negativo, o investidor pode perder parte ou todo o valor aplicado. É voltado a perfis moderados ou arrojados.
A escolha entre as modalidades deve considerar o perfil de risco do investidor, o prazo de aplicação e a transparência das informações fornecidas pela instituição. Entender as regras contratuais é essencial para evitar frustrações futuras.
Vantagens e riscos desse tipo de investimento
O COE reúne benefícios e riscos que variam conforme o tipo de operação e o perfil do investidor. Entender essas diferenças é essencial para avaliar se o produto se encaixa nos seus objetivos financeiros e na sua tolerância a risco.
| Aspecto | Vantagens do COE | Riscos do COE |
| Diversificação | Combina ativos de renda fixa e variável em uma única aplicação. | Exposição a mercados voláteis e possibilidade de perdas parciais. |
| Acesso | Permite investir em estratégias antes restritas a grandes investidores. | Complexidade elevada, exigindo compreensão técnica do produto. |
| Proteção | Pode oferecer garantia total ou parcial do capital aplicado. | Alguns modelos não garantem devolução do valor investido. |
| Rentabilidade | Potencial de ganhos superiores à renda fixa tradicional. | Retornos dependem do desempenho de índices e ativos de risco. |
Avaliar essas variáveis ajuda o investidor a tomar decisões mais conscientes e evitar prejuízos decorrentes de expectativas equivocadas. Transparência, clareza contratual e análise técnica são fundamentais antes de aplicar em qualquer modalidade de COE.
Quando o COE pode gerar prejuízo ao investidor?
O COE pode gerar prejuízo quando o desempenho dos ativos de referência é negativo ou quando as condições contratuais não são devidamente compreendidas. Por isso, é essencial entender como o produto foi estruturado antes de investir.
Principais situações que podem levar à perda financeira:
- Cenário de mercado desfavorável, que reduz o valor dos ativos vinculados ao COE;
- Falta de proteção de capital, presente em certificados de maior risco;
- Interpretação equivocada das cláusulas contratuais, muitas vezes redigidas em linguagem técnica;
- Ausência de transparência na apresentação dos riscos pela instituição financeira;
- Expectativa irreal de segurança, quando o investidor acredita que todo COE garante a devolução total do capital.
Compreender a estrutura, o percentual de proteção e os ativos envolvidos é o primeiro passo para investir com segurança.
Essas informações permitem avaliar se o produto realmente se adequa ao seu perfil e evitam decisões baseadas apenas em promessas de rentabilidade.
Investidor recupera valor aplicado após falha de transparência em COE vendido por banco
Um investidor procurou o escritório Galvão & Silva Advocacia após perder parte de seu capital em um COE vendido como aplicação segura por um grande banco. Ao final do prazo, percebeu que o produto não tinha proteção total e que o valor investido havia sido parcialmente comprometido.
A equipe jurídica analisou o contrato e constatou omissões relevantes nas informações apresentadas, além da incompatibilidade do produto com o perfil conservador do cliente. Essa falta de clareza configurava violação ao dever de informação previsto no Código de Defesa do Consumidor.
Com base nas provas reunidas, o escritório ingressou com pedido de indenização e restituição. Em audiência de conciliação, foi firmado acordo favorável, garantindo o ressarcimento integral do investimento e reafirmando o compromisso com a proteção do investidor e a transparência nas relações financeiras.
Por que escolher o escritório Galvão & Silva Advocacia
O escritório Galvão & Silva Advocacia reúne profissionais experientes em Direito Bancário e Mercado de Capitais, com atuação voltada à defesa de investidores e à análise de produtos financeiros complexos. O escritório preza pela ética, transparência e segurança jurídica em cada caso.
Cada demanda é tratada de forma individualizada, considerando o perfil do cliente e as particularidades do investimento. A equipe atua de forma estratégica, buscando soluções seguras e juridicamente fundamentadas.
Com atuação sólida em diversas áreas de atuação, o escritório reforça seu compromisso com a educação financeira e a proteção do investidor. Para orientações personalizadas, entre em contato com o escritório Galvão & Silva Advocacia e conte com suporte técnico e responsável.

Dr. Antônio Carlos Lourenço Faillace
Advogado e Cientista Político, formado pelo Centro Universitário de Brasília e pela Universidade de Brasília, respectivamente. Inscrito na OAB/DF sob o número 29.903. Mais de 16 anos de atuação em Direito Civil, com grande experiência em Consumidor, Imobiliário, e Internacional.

Galvão & Silva Advocacia
Artigo revisado por advogados especialistas do escritório Galvão & Silva Advocacia. Inscrita no CNPJ 22.889.244/0001-00 e Registro OAB/DF 2609/15. Conheça nossos autores.

















