Assédio moral é o ato de submeter alguém a humilhações, constrangimentos e/ou intimidações repetitivas no ambiente de trabalho, causando danos psicológicos e afetando a dignidade e a saúde do trabalhador.
Em um ambiente de trabalho, desentendimentos ou problemas sempre podem acontecer, assim como funcionários podem estar sujeitos a uma exposição indesejada negativa na área em que trabalha. É o caso, por exemplo, do assédio moral contra funcionários de uma empresa bancária.
O ambiente bancário pode ser considerado como um dos ambientes mais suscetíveis de ocorrer casos de assédio moral, devido a fatores específicos que ocorrem, em sua maioria, em bancos ou agências bancárias.
Mas, só por ser considerado comum, não significa que o assédio moral deve ser aceito. Por isso o funcionário da empresa bancária, no caso de sofrer atos de assédio, deve reportar imediatamente aos superiores do assediador e se necessário, buscar orientação legal de um especialista.
O que é assédio moral?
Para que seja possível o combate contra o assédio moral em ambientes bancários, é necessário primeiramente entender o conceito de assédio e o que ele acarreta na pessoa que sofre esse dano.
O assédio moral, em suma, consiste em atos que expõem funcionários a passar por situações que atingem a dignidade física ou moral de um funcionário, de forma repetitiva. Esses atos incluem críticas não construtivas contra um funcionário, contestações agressivas acerca do desempenho de suas funções, sobrecarga de tarefas em períodos de tempo insuficientes, entre outros.
De forma regular, o assédio moral pode ocorrer em qualquer ambiente, principalmente ambientes profissionais. Além disso, em sua maioria possuem sua motivação em funcionários de cargos inferiores ou novos, na organização bancária.
Motivações dos casos de assédio moral
Os casos de assédio moral podem se basear em situações variadas. Eles podem estar relacionados aos cargos exercidos pelos funcionários, rivalidades no setor profissional, falta de medidas éticas, entre outros. Vejamos algumas mais comuns:
Ambiente hierárquico
O assédio moral nos bancos, motivado pelo ambiente hierárquico, ocorre quando indivíduos em posições de poder abusam de sua autoridade para intimidar, humilhar ou constranger seus subordinados.
O ambiente hierárquico dos bancos pode fornecer uma estrutura propícia para o surgimento desse tipo de assédio, especialmente quando a competição por metas é intensa e as pressões são altas.
Cultura organizacional
A cultura organizacional em alguns bancos pode reforçar esses comportamentos inadequados, principalmente se a competição entre os funcionários é incentivada de maneira desproporcional em relação ao trabalho em equipe e à colaboração.
Isso cria um ambiente onde o assédio moral pode florescer, pois os funcionários podem se sentir pressionados a alcançar metas a qualquer custo, inclusive às custas da saúde emocional e mental de seus colegas.
Tipos de assédio moral em ambientes bancários
São diversas as formas que um funcionário pode sofrer de assédio moral, pois esse tipo de assédio pode envolver vários fatores e níveis.
Críticas excessivas
No ambiente bancário, existem cargos específicos para cada função exercida pelo banco, dependendo do nível de desempenho de cada funcionário, essas funções podem ser distribuídas de diferentes formas.
Devido a sua estrutura hierárquica, funcionários e seus superiores podem apresentar desavenças. A partir de justificativas em relação a grau acadêmico, de experiência ou do próprio cargo exercido, funcionários podem, dando a si mesmos a liberdade, fazer críticas em excesso ao trabalho do seu subordinado.
Restrições sem fundamento
Em ambientes bancários, o assédio moral pode se dar por restrições injustificadas de um funcionário para com o outro. Essas restrições podem vir desde de limitações a exercer certas tarefas até limitações infundamentadas de acessar certos recursos ou ambientes de trabalho.
Quando se fala em restrições sem fundamento, não é sobre proibir ações como falar ao telefone durante o horário de expediente, por exemplo. Restrições sem fundamento são atos de limitar ações fundamentais de um funcionário durante seu dia de trabalho, como ir ao banheiro durante o dia ou ter um ambiente de trabalho confortável.
Essas restrições sem fundamento podem gerar, no assediado, sentimentos de humilhação e desconforto. Dependendo até do nível de restrição, às restrições sem fundamento podem prejudicar a saúde mental e física do trabalhador.
Distribuição inadequada de tarefas
O assédio moral, em ambientes bancários, também pode ocorrer através de distribuição inadequada de tarefas a um subordinado. A partir de críticas excessivas de um superior acerca de questões de desempenho, uma distribuição exagerada de tarefas pode ser direcionada ao seu subordinado.
Essa distribuição inadequada pode ser identificada de duas formas, sendo elas a distribuição excessiva de tarefas a se cumprir em períodos insuficientes de tempo, ou a atribuição de tarefas que não se relacionam com o cargo do assediado.
Consequências do assédio moral em bancos
O assédio moral em bancos pode gerar várias consequências, tanto para o assediado quanto para a empresa responsável por ele.
Com o modelo de hierarquia imposto aos empregados, os chefes agem de forma agressiva, buscando uniformizar as condutas, pensando fazer o bem para a empresa. Já por outro lado, os empregados submetem cegamente às ordens dos seus superiores, desenvolvendo um estado psicológico instável.
Com esse cenário, o crescimento de ações judiciais acerca de direitos trabalhistas e indenizações, em razão do assédio sofrido, podem afetar negativamente a reputação da empresa bancária.
Importância de um advogado em casos de assédio moral em ambientes bancários
A atuação de um advogado pode envolver várias responsabilidades, dependendo do contexto do incidente. Algumas maneiras em que um advogado pode ajudar a vítima de assédio moral em um ambiente bancário incluem assessoria e representação legal de vítimas de assédio moral ou negociações entre funcionário e banco, além de conseguir fornecer uma proteção legal ao funcionário.
A responsabilidade da empresa pelas ações abusivas de seus funcionários
É dever da empresa zelar pelo ambiente de trabalho, tornando-o saudável para todos os empregados, por essa razão a empresa responde em todos os casos de assédio moral.
Na dúvida é sempre bom contar com o auxílio de profissionais do direito especializados e com vasta experiência na área, isso garantirá que os advogados estão familiarizados com as nuances legais e os procedimentos judiciais envolvidos nos casos de assédio moral.
Qual advogado cuida de assédio moral?
O advogado que cuida do assédio moral é o advogado trabalhista.
O que precisa para processar por assédio moral?
Além de reunir o maior número de provas, prints, áudios, vídeos, testemunhas, fotos entre outros documentos, é essencial que a vítima de assédio moral procure um advogado especialista na área para que possa garantir seus direitos e evitar retaliações do assediador.
Onde devo denunciar assédio moral?
Tal ato deve ser denunciado primeiro junto à empresa por meio do canal de denúncia. Além disso, deve-se fazer a denúncia online junto ao Ministério Público do Trabalho e no sindicato de sua categoria. O próximo passo é buscar um advogado especialista para entrar com o pedido de rescisão indireta.
Quais são os três tipos de assédio moral?
Os três tipos de assédio moral são: I – assédio moral vertical, II – assédio moral horizontal e III – assédio moral misto.
Conclusão
De forma geral, os bancos são considerados como ambientes de trabalho sensíveis e suscetíveis a gerar casos de assédio moral entre seus funcionários. Seja por estrutura de ambientes, políticas de ética organizacional inadequadas, omissão de
Por isso, a atuação do advogado em relação à vítima de assédio moral em um ambiente bancário é garantir que ela receba o apoio necessário para proteger seus direitos legais, buscar justiça e recuperar-se dos danos causados pela situação de assédio.
Para mais informações acerca do assédio moral no ambiente bancário, suas consequências legais e possibilidade de abertura de processos judiciais ou extrajudiciais, entre em contato com um nosso escritório de advocacia, Galvão & Silva, e agende sua consulta.
Galvão & Silva Advocacia
Artigo escrito por advogados especialistas do escritório Galvão & Silva Advocacia. Inscrita no CNPJ 22.889.244/0001-00 e Registro OAB/DF 2609/15. Conheça nossos autores.