
Publicado em: 09/05/2025
Atualizado em:
A regularização de bens no exterior é o processo legal para declarar e legalizar ativos mantidos fora do Brasil, garantindo conformidade fiscal e evitando sanções da Receita Federal e outros órgãos.
Manter ativos fora do Brasil, como imóveis, contas bancárias ou investimentos, é algo comum entre brasileiros que vivem ou investem no exterior. No entanto, quando esses bens não são devidamente declarados, o risco de sofrer penalidades fiscais e criminais aumenta significativamente. A Receita Federal e o Banco Central exigem que todo patrimônio no exterior seja informado com exatidão.
A regularização de bens no exterior é, portanto, um procedimento fundamental para quem deseja segurança jurídica e tranquilidade financeira. Realizar essa regularização de forma correta não apenas evita sanções, como também permite o aproveitamento de oportunidades legais para reduzir impactos tributários. Ainda assim, muitos desconhecem os procedimentos ou ignoram os riscos envolvidos na omissão desses bens.
Por envolver normas fiscais nacionais e internacionais, o processo exige cuidado técnico e planejamento jurídico. Nessa etapa, o papel do advogado é decisivo para garantir que todos os trâmites sejam feitos conforme a legislação. O escritório Galvão & Silva Advocacia, com sólida experiência em Direito Tributário e Patrimonial, oferece o suporte necessário para conduzir esse processo com segurança e estratégia.
O que é a regularização de bens no exterior?

A regularização de bens no exterior consiste na formalização de ativos, como imóveis, contas bancárias, investimentos e participações societárias mantidas fora do Brasil, para fins fiscais e legais perante a Receita Federal.
Quando um bem é adquirido fora do Brasil com recursos próprios, ele não é, por si só, ilegal. No entanto, sua omissão perante os órgãos competentes, como a Receita Federal e o Banco Central, pode gerar interpretações de sonegação, evasão de divisas e até ocultação de patrimônio. Daí a importância de realizar a regularização com suporte jurídico adequado.
A regularização de bens no exterior exige atenção a detalhes técnicos, como a origem lícita dos recursos, a conversão correta de valores, e o preenchimento das declarações no Imposto de Renda e na CBE, quando exigido. Um procedimento equivocado pode causar problemas fiscais sérios ou anular os efeitos do processo de legalização.
Obrigatoriedade da declaração CBE
A obrigatoriedade da declaração de Capitais Brasileiros no Exterior (CBE) a quem recai é definido pelo Banco Central do Brasil da seguinte maneira:
“Pessoas físicas ou jurídicas residentes, domiciliadas ou com sede no Brasil, detentoras de capitais fora do Brasil que somados totalizem montante igual ou superior ao equivalente aos valores abaixo especificados.”
| Tipo de Declaração | |
| Anual | Trimestral |
| Ativos maiores do que US$1.000.000,00 (um milhão de dólares dos Estados Unidos da América), na data-base de 31 de dezembro de cada ano-base, deverão preencher a declaração CBE anual. | Ativos maiores do que US$100.000.000,00 (cem milhões de dólares dos Estados Unidos da América), nas datas-bases de 31 de março, 30 de junho e 30 de setembro de cada ano-base, deverão preencher a declaração CBE trimestral. |
Esses ativos podem incluir imóveis, depósitos bancários, participações societárias, aplicações financeiras, entre outros bens e direitos situados fora do território nacional.
Importante destacar que devem ser considerados apenas ativos com valores positivos. Contudo, se configurada a obrigatoriedade da declaração, também deverão ser informadas as empresas com patrimônio líquido negativo. O não envio da declaração ou o envio com informações incorretas pode acarretar multas significativas, conforme previsto na regulamentação vigente.
Ocultar bens no exterior pode custar caro: saiba os riscos reais dessa prática.
Manter ativos no exterior sem declarar pode gerar multas altíssimas que comprometem significativamente o valor dos bens. A Receita Federal, com base em tratados internacionais de cooperação fiscal, possui hoje acesso facilitado a dados bancários e patrimoniais em dezenas de países, o que amplia o risco de autuação automática.
A ausência da regularização de bens no exterior também pode configurar crime, principalmente se houver ocultação da origem dos recursos. Evasão de divisas e lavagem de dinheiro são infrações graves que resultam em bloqueios, investigações penais e perda da confiança jurídica em eventuais transações futuras, inclusive sucessórias.
Além das sanções legais, o titular dos bens pode enfrentar embaraços operacionais, como a impossibilidade de movimentar contas, vender imóveis ou repatriar recursos. Por isso, a regularização espontânea, feita com planejamento e assessoria jurídica, é o caminho mais seguro para evitar danos maiores e proteger o patrimônio.
Regularizar seus bens fora do Brasil parece complicado? Veja como fazer com segurança.
O processo de regularização de bens no exterior começa com um diagnóstico completo da situação patrimonial: quais ativos existem, onde estão localizados, qual a origem dos recursos e como foram adquiridos. Esse levantamento permite mapear os riscos e definir as estratégias mais seguras e econômicas.
Em seguida, são elaboradas as declarações necessárias. A inclusão dos ativos no Imposto de Renda é obrigatória, e a entrega da Declaração de Capitais Brasileiros no Exterior (CBE) ao Banco Central é exigida quando os valores ultrapassam certos limites. Pode ser preciso retificar declarações anteriores para corrigir omissões.
Com o apoio de um advogado, o contribuinte pode ainda planejar o pagamento de tributos de forma menos onerosa, utilizando benefícios legais ou parcelamentos permitidos. Cada caso exige uma abordagem personalizada. A regularização de bens no exterior, quando bem conduzida, resulta em paz fiscal e liberdade para movimentar os ativos.
Quando é o momento ideal para regularizar seus bens no exterior?
O momento ideal para regularizar bens mantidos fora do país é sempre antes que ocorra qualquer fiscalização, notificação ou autuação. A regularização de bens no exterior feita de forma espontânea demonstra boa-fé, o que pode ser crucial para a redução de multas e para a condução tranquila do processo.
Com os avanços tecnológicos e acordos internacionais, a Receita Federal já tem acesso automatizado a dados bancários em diversos países. Muitos brasileiros acreditam que manter recursos fora do país garante anonimato, mas essa percepção está cada vez mais distante da realidade com o cruzamento de informações em tempo real.
Regularizar preventivamente é uma forma de resguardar o seu patrimônio e evitar riscos futuros. Um advogado especializado saberá analisar o cenário, indicar as providências cabíveis e executar um plano que atenda à legislação e minimize os impactos tributários, tornando a regularização de bens no exterior um passo seguro e vantajoso.
Como um advogado pode ajudar na regularização de bens no exterior?

O advogado é o profissional mais qualificado para conduzir o processo de regularização de bens no exterior de forma técnica e segura. Ele atua desde a análise dos documentos e identificação de pendências até a elaboração e entrega de todas as declarações obrigatórias, cuidando para que nada seja omitido ou declarado de forma incorreta.
Além disso, o advogado conhece profundamente os tratados internacionais de bitributação, regimes fiscais diferenciados e as exigências tanto da legislação brasileira quanto da legislação do país onde o bem está localizado. Isso permite estruturar uma regularização mais econômica, com redução de riscos e aproveitamento de oportunidades legais.
Contar com assessoria jurídica nesse processo é uma forma de garantir proteção patrimonial, segurança jurídica e tranquilidade diante de um tema que, por envolver normas fiscais e penais, não pode ser tratado com amadorismo. A regularização de bens no exterior, feita com planejamento jurídico, transforma insegurança em solidez.
Quais bens precisam ser regularizados no exterior?
Imóveis, contas bancárias, investimentos, empresas e outros ativos mantidos fora do Brasil devem ser declarados. Um advogado pode orientar quais bens exigem regularização e como proceder corretamente.
É possível reduzir multas na regularização de bens no exterior?
Sim. Com apoio jurídico, é possível utilizar programas legais e estratégias fiscais para minimizar penalidades. A orientação técnica faz toda a diferença na hora de legalizar seus ativos.
O que acontece se eu não regularizar meus bens no exterior?
A omissão pode gerar multas, bloqueios, investigação fiscal e até sanções penais. Consultar um advogado é essencial para evitar riscos e garantir que tudo seja feito dentro da legalidade.
Qual o papel do advogado na regularização de bens mantidos fora do país?
O advogado identifica obrigações legais, orienta sobre tratados internacionais e elabora as declarações corretas. Com essa atuação, a regularização é feita com segurança e dentro dos limites legais.
Conclusão
A regularização de bens no exterior é uma medida essencial para garantir a proteção do seu patrimônio, evitar sanções fiscais e assegurar liberdade de movimentação financeira. Declarar corretamente os ativos não é apenas uma obrigação legal, mas uma estratégia inteligente de preservação patrimonial.
Nós do escritório Galvão & Silva Advocacia possuímos uma equipe amplamente capacitada e competente, pronta para lidar com o seu problema. Entre em contato conosco hoje mesmo e marque sua consultoria.
Daniel Ângelo Luiz da Silva
Advogado sócio fundador do escritório Galvão & Silva Advocacia, formado pela Universidade Processus em Brasília inscrito na OAB/DF sob o número 54.608, professor, escritor e palestrante de diversos temas relacionado ao direito brasileiro.

Galvão & Silva Advocacia
Artigo revisado por advogados especialistas do escritório Galvão & Silva Advocacia. Inscrita no CNPJ 22.889.244/0001-00 e Registro OAB/DF 2609/15. Conheça nossos autores.























