Guarda compartilhada: saiba quando o pai tem direito a essa guarda

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Daniel Ângelo Luiz da Silva

Autor: Daniel Ângelo Luiz da Silva

7 min de leitura

Guarda compartilhada: saiba quando o pai tem direito a essa guarda

Publicado em: 08/11/2023

Atualizado em:

A guarda compartilhada é definida no artigo 1.583 do Código Civil como a responsabilização conjunta dos pais sobre as decisões relacionadas aos filhos. Trata-se de um modelo que visa preservar a presença equilibrada de ambos os genitores na vida da criança, mesmo após o fim da relação conjugal.

Ao contrário do que muitos pensam, guarda compartilhada não é sinônimo de dividir o tempo da criança de forma igual entre pai e mãe. O foco está no compartilhamento de responsabilidades, como educação, saúde e aspectos do cotidiano, priorizando o melhor interesse do menor.

Esse modelo de guarda busca garantir que ambos os pais participem ativamente das decisões mais importantes, mesmo que a residência da criança seja com apenas um deles. A convivência é ajustada conforme as necessidades da família e o entendimento entre as partes ou determinação judicial.

Saber quando o pai tem direito à guarda compartilhada exige compreender as normas legais e analisar cada situação de forma individual. Ao longo deste artigo, você entenderá as regras, exceções e como funciona esse tipo de guarda na prática.

Quais são as regras da guarda compartilhada?

A guarda compartilhada segue regras previstas no Código Civil e no Estatuto da Criança e do Adolescente. O objetivo principal é assegurar o desenvolvimento pleno da criança, com participação ativa dos dois genitores. O juiz pode determinar esse modelo mesmo sem acordo entre os pais.

  • Tempo de convivência: deve ser equilibrado, mas não precisa ser igual. O foco é manter o vínculo afetivo com ambos os pais.
  • Comunicação e decisões: as responsabilidades são divididas. Ambos decidem sobre saúde, educação e bem-estar.
  • Colaboração parental: é necessário manter relação respeitosa e cooperação constante pelo bem da criança.

Situações em que o pai pode perder o direito à guarda compartilhada

Embora seja um modelo incentivado, a guarda compartilhada pode ser afastada em casos que comprometem o bem-estar da criança. O juiz analisará fatores que indiquem risco emocional, físico ou moral ao menor.

  • Violência doméstica ou abuso: qualquer indício pode impedir a guarda.
  • Desinteresse ou abandono: o pai que não participa da vida da criança pode perder esse direito.
  • Acordo entre os pais: quando ambos concordam com guarda unilateral e demonstram que essa é a melhor opção.

Como funciona o processo de guarda compartilhada?

O processo é judicial e pode ser iniciado durante o divórcio ou separação. O juiz avalia a capacidade de ambos os pais exercerem a guarda e prioriza o bem-estar da criança. Caso não haja consenso, será nomeado perito ou assistente social para avaliar a situação familiar.

As responsabilidades são divididas: escola, tratamentos de saúde, viagens e autorizações devem ser decididas por ambos. A residência da criança é fixada com um dos genitores, com direito à ampla convivência com o outro.

A pensão alimentícia pode ser determinada mesmo na guarda compartilhada. O cálculo considera o tempo de convivência e a capacidade financeira dos pais.

Como funciona uma guarda compartilhada de 15 em 15 dias?

A guarda compartilhada não exige divisão igual de tempo, mas alguns pais optam por organizar a convivência em esquemas de “15 em 15 dias”. Essa configuração é comum, mas não obrigatória, sendo ajustada conforme a realidade familiar.

O juiz pode aprovar esse tipo de convívio caso entenda que atende ao melhor interesse da criança. O mais importante é garantir um ambiente estável, seguro e emocionalmente saudável.

A decisão sobre a periodicidade da convivência depende de acordo entre os pais ou da avaliação judicial, sempre respeitando a rotina escolar e social da criança.

Em quais situações o pai tem direito à guarda compartilhada?

O pai tem direito à guarda compartilhada quando demonstra interesse real em participar da vida do filho e possui condições para exercer suas responsabilidades parentais.

Não há obrigatoriedade de consenso com a mãe: mesmo sem acordo, o juiz pode determinar essa guarda se ela for benéfica à criança. O direito paterno é garantido pela Constituição.

Contar com um advogado especializado é essencial para comprovar a capacidade do pai, apresentar provas e garantir a aplicação correta da Lei da Guarda Compartilhada.

Como comprovar o direito à guarda compartilhada?

Para obtê-la judicialmente, é necessário apresentar provas que demonstrem a aptidão e o envolvimento direto na vida da criança. Dentre as quais destacamos:

  • Comprovação de vínculo afetivo e convivência com o filho.
  • Participação ativa nas decisões da vida da criança.
  • Estabilidade financeira e emocional.
  • Comportamento adequado e ausência de condutas abusivas.
  • Provas testemunhais e documentais que indiquem boa relação familiar.

Quando a guarda é compartilhada tem que pagar pensão?

Sim. A pensão é devida mesmo na guarda compartilhada, salvo se as despesas forem equilibradas entre os pais. O valor é ajustado conforme a capacidade financeira e o tempo de convivência com a criança.

A pensão alimentícia na guarda compartilhada busca garantir o padrão de vida da criança. O juiz analisa cada caso individualmente, podendo isentar o pagamento apenas se houver divisão efetiva dos custos.

Qual a diferença entre guarda compartilhada e guarda unilateral?

A guarda compartilhada envolve ambos os pais nas decisões importantes da criança, mesmo que ela resida com apenas um deles. É o modelo prioritário no Brasil, por valorizar o vínculo entre os dois genitores.

Na guarda unilateral, apenas um dos pais toma as decisões, enquanto o outro tem apenas direito de visitas. Ela é adotada quando um dos genitores é incapaz de cuidar do menor ou há risco para o bem-estar da criança.

Cada caso é analisado com base na realidade familiar, visando proteger o melhor interesse da criança.

Como lidar com a alienação parental na guarda compartilhada?

A alienação parental ocorre quando um dos genitores tenta afastar o filho do outro, prejudicando o vínculo afetivo. Os sinais incluem recusa em visitar, fala depreciativa e indução à rejeição.

A Lei 12.318/2010 combate essa prática. O artigo 6º da referida lei permite advertências, inversão de guarda e até suspensão do poder familiar. Proteger a relação com ambos os pais é essencial para o desenvolvimento da criança.

Em casos de alienação, é crucial reunir provas, buscar apoio jurídico e acionar o Judiciário. O pai pode requerer medidas legais imediatas para restabelecer o contato com o filho.

Guarda compartilhada em casos de conflito entre os pais

Mesmo quando há desentendimentos entre os pais, ainda é possível estabelecer a guarda compartilhada. O ponto central é se esses conflitos afetam ou não o bem-estar da criança. Assim, compreender quando o pai tem direito à guarda compartilhada depende também da capacidade de manter um ambiente emocionalmente saudável.

Se o conflito for apenas entre os adultos e não refletir negativamente sobre o filho, o juiz pode decidir pela guarda compartilhada. A tendência é privilegiar a presença ativa de ambos os genitores na vida da criança. Nesse sentido, saber quando o pai tem direito à guarda compartilhada envolve também mostrar maturidade emocional.

Para casos mais delicados, é essencial contar com um advogado que saiba demonstrar ao juiz que, apesar das diferenças, o pai está apto a conviver e decidir em conjunto com a mãe. O apoio profissional é decisivo para provar que, mesmo diante de conflitos, quando o pai tem direito à guarda compartilhada, esse direito deve ser respeitado.

Quando o pai tem direito à guarda compartilhada se ele mora em outra cidade?

Depende da distância e da logística. Se for viável manter a convivência frequente e equilibrada, o direito pode ser reconhecido.

Quando o pai tem direito à guarda compartilhada mesmo que a mãe não concorde?

Sim, o juiz pode determinar a guarda compartilhada mesmo sem consenso, se for o melhor para a criança.

Quando o pai tem direito à guarda compartilhada se trabalha em período integral?

Desde que consiga conciliar suas responsabilidades com o cuidado dos filhos, é possível obter a guarda.

Quando o pai tem direito à guarda compartilhada em casos de alienação parental?

Nesses casos, é ainda mais importante que o pai busque a guarda compartilhada para proteger os vínculos familiares.

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Daniel Ângelo Luiz da Silva
Autor
Daniel Ângelo Luiz da Silva

Advogado sócio fundador do escritório Galvão & Silva Advocacia, formado pela Universidade Processus em Brasília inscrito na OAB/DF sob o número 54.608, professor, escritor e palestrante de diversos temas relacionado ao direito brasileiro.

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Artigo escrito por advogados especialistas do escritório Galvão & Silva Advocacia. Inscrita no CNPJ 22.889.244/0001-00 e Registro OAB/DF 2609/15. Conheça nossos autores.

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